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“Mulher-Maravilha” é o filme que vai “salvar” o universo DC?

Após os vacilantes “Batman vs Superman” e “Esquadrão Suicida”, novo filme tem a missão de rearrumar os planos da editora no cinema

atualizado

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1 de 1 mulher maravilha gal gadot - Foto: Warner Bros./Divulgação

Em termos práticos, faz todo sentido que a responsabilidade de “salvar” o universo estendido da DC nos cinemas, o chamado DCEU, esteja nas mãos poderosas de uma semideusa grega. “Mulher-Maravilha”, o primeiro filme de super-herói totalmente dedicado a uma personagem feminina, estreia nesta quinta-feira (1º/6).

Criada nos anos 1940, a super-heroína habitou os quadrinhos por mais de sete décadas antes de aparecer pela primeira vez no cinema. Estreou ofuscando o Cavaleiro das Trevas e o alienígena Kal-El em “Batman vs Superman – A Origem da Justiça” (2016).

Antes de se juntar aos colegas de editora em “Liga da Justiça” (16 de novembro), a Mulher-Maravilha tenta emplacar seu filme solo. E, em missão paralela, reajustar o DCEU.

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Atriz revelou que não voltaria para a sequência sem receber aumentou salarial
Gal Gadot
Ela é conhecida por interpretar a Mulher Maravilha nos cinemas
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Chris Pine faz o piloto americano Steve Trevor: convence Diana a lutar na Primeira Guerra Mundial, no começo do século 20

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Atriz revelou que não voltaria para a sequência sem receber aumentou salarial

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Ela é conhecida por interpretar a Mulher Maravilha nos cinemas

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De certa maneira, o filme da Mulher-Maravilha também tem esse fardo a carregar: arejar o ambiente após as nuvens de dúvidas precipitadas pelas três experiências pregressas da DC no cinema: o vacilante “O Homem de Aço” (2013), o confuso “Batman vs Superman” (2016) e o desastroso “Esquadrão Suicida” (2016).

Se a ambição da DC/Warner é tornar cada novo filme um desafiante aos lançamentos da Marvel/Disney, “Mulher-Maravilha” pode ser o projeto capaz de equilibrar o(s) universo(s). Mantém a escala épica dos filmes anteriores com ambientação na Primeira Guerra Mundial, mas leva adiante um frescor familiar e inédito: a semideusa é megapopular, claro, mas jamais foi vista na tela grande num filme só dela.

Também joga a favor de Diana um elemento importante do projeto: é um dos raros longas de grande orçamento dirigidos por uma mulher (Patty Jenkins, de “Monster: Desejo Assassino”) em Hollywood.

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Patty Jenkins na Comic-Con de San Diego. "Mulher-Maravilha" marca a primeira super-heroína protagonista no cinema e o primeiro blockbuster do gênero a ser assinado por uma mulher
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Gal Gadot e a diretora Patty Jenkins. Antes de "Mulher-Maravilha", a cineasta foi contratada para comandar "Thor: O Mundo Sombrio" (2013). Foi demitida pela Marvel por "diferenças criativas"

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Patty Jenkins na Comic-Con de San Diego. "Mulher-Maravilha" marca a primeira super-heroína protagonista no cinema e o primeiro blockbuster do gênero a ser assinado por uma mulher

Charley Gallay/Getty Images for DC Entertainment

 

A guerra das bilheterias
Até quem não é fã de quadrinhos ou acompanha de longe a guerra DC x Marvel notou o quanto a editora de Superman e Batman começou a corrida com desvantagem. Enquanto a Marvel iniciara seu universo em 2008, devagarinho, a DC preferiu desconsiderar a já consolidada trilogia de Batman (2005-2012) feita por Christopher Nolan e resetar a narrativa.

Nada de errado nisso, percebe-se. Mas os resultados diferem, e muito. Os três títulos da DC somam US$ $2,286 bilhões. Boas cifras. Porém, nenhum furou a marca de US$ 1 bilhão. Mais experiente e parruda, a Marvel chega ao 16º filme com “Homem-Aranha: De Volta ao Lar” (6 de julho).

Para acumular US$ 11,7 bilhões, o universo Marvel cravou dez dígitos quatro vezes: “Os Vingadores” (2012), “Homem de Ferro 3” (2013), “Vingadores: Era de Ultron” (2014) e “Capitão América: Guerra Civil” (2016).

É bem possível que “Mulher-Maravilha”, bem acolhido pela crítica e motivo de esperança para os fãs, marque a virada de página que a DC precisa para pelo menos calibrar a disputa. Enquanto isso, a Marvel prepara uma tardia resposta feminina com “Capitã Marvel” (7 de março de 2019).

Ambas as editoras planejam lançamentos a perder de vista – o calendário de estreias previstas, por ora, “termina” em 2020. Resta saber até quando durará o interesse (e a paciência) do público em épicas batalhas pelo controle do universo – e das bilheterias.

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