“Meu Malvado Favorito 3”: os Minions vão dominar o cinema de animação?
Produzido pela Illumination, novo desenho pode colocar a saga de Gru e seus bichinhos amarelos na liderança entre as franquias animadas
atualizado
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Quando “Meu Malvado Favorito 3” estrear nos cinemas do Brasil, nesta quinta-feira (29/6), os Minions poderão dominar de vez o cinema de animação.
Eles têm olhos esbugalhados, falam uma língua estranha (e algo familiar, reconhecível), estampam camisetas, brinquedos, parques temáticos e uma gama de produtos que sequer sabemos da existência. Isso sem contar as réplicas não oficiais que se valem da marca para lucrar uns trocados.
Bilheterias: briga de gente grande
Juntas, as cinco franquias formam o top 5 dos universos animados que mais geraram bilheteria na história do cinema.
Veja os números das cinco maiores franquias de animação:
Afinal, qual é mesmo a fórmula mágica dos Minions?
O magnetismo dos bichinhos amarelos fez “Minions” amealhar US$ 1,159 bilhão. No ranking das animações de maior bilheteria da história, o longa só perde para “Frozen – Uma Aventura Congelante” (2013), com US$ 1,287 bilhão.
A grande estratégia da franquia “Meu Malvado Favorito” é investir em histórias acessíveis para toda a família. Falando, parece fácil. A maioria das sagas (ou os tais universos) visualiza um público-alvo verdadeiramente amplo, como o revival de “Star Wars” e os heróis da Marvel.
Mas Gru, o ex-supervilão (e agora super-herói), e o exército de Minions conseguem combinar muito bem dois sentimentos diversos, apontados para públicos distintos: a ironia autoconsciente do protagonista e a fofura pateta, ingênua e debochada dos amarelinhos.
De certa maneira, Gru é o Shrek da espionagem internacional, em que heróis e vilões extravagantes tentam salvar ou destruir o planeta: ele é feio, rabugento, mas no fundo tem um bom coração, tal qual o ogro solitário.
Gru, para todos os efeitos, era um criminoso internacional. Até que adotou três órfãs e foi assimilado por uma agência de combate a vilões. Em “Meu Malvado Favorito 3”, ele enfrenta Bratt, um criminoso nostálgico (foi astro infantil nos anos 1980), e conhece Dru, seu irmão gêmeo.
Illumination: a fábrica dos amarelinhos
“Meu Malvado Favorito” (2010) marcou a estreia da produtora Illumination Entertainment, empresa que opera sob o guarda-chuva do estúdio Universal, também dono da DreamWorks (“Shrek”, “Como Treinar o Seu Dragão”, “Madagascar”).
O fundador da Illumination, Chris Meledandri, criou o selo em 2007 após ter trabalhado na Disney e ter supervisionado, a bordo da Fox, “A Era do Gelo” e “Alvin e os Esquilos”. A produtora não compartilha do mesmo culto (cinéfilo e crítico) em torno da Pixar, a produtora de “Toy Story”, “Wall-E” e “Up”.
E nem parece precisar dessa validação “artística”. É uma produtora que se move pela comunicação imediata com o público: traço de fácil assimilação, histórias movimentadas, com trânsito frenético entre cenas de ação, comédia e referências pop, e fofura, muita fofura.
Paralelamente a “Meu Malvado”, Meledandri aplica a fórmula a outros desenhos. “Sing” (2016) aproveitou a cultura dos reality shows musicais para acumular US$ 632 milhões. “Pets – A Vida Secreta dos Bichos” concentrou a sexta maior bilheteria de 2016 (US$ 875,5 milhões) e já tem sequência agendada para 2019.
Um ano depois, “Minions 2” (2020) promove uma nova invasão dos fiéis seguidores de Gru. O amarelo é mesmo a cor do dinheiro.