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Grace and Frankie retorna em temporada consistente, mas sem novidades

Com pouquíssimas reviravoltas e um roteiro mais do mesmo, a série se salva graças aos irresistíveis personagens

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1 de 1 GF_EP503_AG_030618_0562_R - Foto: Netflix/Divulgação

Duas mulheres que se detestam se veem obrigadas a morar na mesma casa quando seus maridos saem do armário e anunciam que vão casar um com o outro. É impossível não se apaixonar por Grace and Frankie no primeiro episódio: se não pela premissa genial, por seus personagens cativantes. Uma pena que, eventualmente, a produção não acerta o tom – foi o caso da quinta temporada do adorável seriado.

Com uma fórmula tão certeira quanto a desta comédia sobre a terceira idade, é muito fácil para a Netflix cair em dois problemas recorrentes em suas séries. O primeiro é a velha e nada boa fórmula de fazer episódios arrastados e de pouco rendimento: ora, se o streaming libera todos os capítulos de uma vez, o espectador provavelmente chegará ao final. Depois, fiar-se quase exclusivamente no quão interessantes são seus personagens pode tornar a temporada insossa, como aconteceu na terceira de Orange Is the New Black.

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Grace e Frankie, a amizade entre mulheres que você respeita mesmo quando a temporada é fraca

 

A problemática da casa – após uma passagem por um lar de idosos, as amigas retornam à construção para encontrá-la com uma placa de “vendida” em frente – é resolvida como num passe de mágica, em uma reviravolta do roteiro que só pode ser classificada como Deus Ex Machina. A impressão passada pela produção é de que os escritores não conseguiram encontrar uma solução adequada ao problema e resolveram tapar o buraco com uma aparição afrontosa de RuPaul.

O grande acerto ao escrever esta etapa da vida de Grace (Jane Fonda) e Frankie (Lily Tomlin) é a difícil discussão sobre o distanciamento em uma amizade. As duas passam, cada uma à sua maneira, por uma jornada de autoconhecimento. Determinadas as prioridades, o momento de partir se aproxima. Triste mesmo é constatar que o roteiro usou um plot preguiçoso – imaginar o que teria acontecido se as duas não tivessem se tornado amigas – para mostrar como são inseparáveis.

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Na quinta temporada, Grace retorna à empresa que fundou para colocá-la de volta nos eixos
Frankie tem a jornada mais interessante da temporada, de autoconhecimento e afirmação da própria sexualidade livre
Há cinco temporadas como a personagem maluquinha da série, Frankie finalmente tem sua valorização enquanto mãe no casamento de Bud (Baron Vaughn)
Os filhos das protagonistas ganham mais voz e nuances: personagens irresistíveis demais para deixar de lado
A descoberta dos clubes gays por Robert (Martin Sheen) poderia ter sido mais explorada
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A ponta de RuPaul nos primeiros episódios é muito divertida, mas é pura cortina de fumaça do roteiro

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Na quinta temporada, Grace retorna à empresa que fundou para colocá-la de volta nos eixos

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Frankie tem a jornada mais interessante da temporada, de autoconhecimento e afirmação da própria sexualidade livre

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Há cinco temporadas como a personagem maluquinha da série, Frankie finalmente tem sua valorização enquanto mãe no casamento de Bud (Baron Vaughn)

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Os filhos das protagonistas ganham mais voz e nuances: personagens irresistíveis demais para deixar de lado

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A descoberta dos clubes gays por Robert (Martin Sheen) poderia ter sido mais explorada

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Completamente dedicado ao teatro, Robert aparece muito mais ao lado de Frankie, por exemplo, que do marido

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Sol (Sam Waterston), por sua vez, ressignifica sua vida com a chegada de Carl, seu cachorrinho

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As aparições da hilária Joan-Margaret (Millicent Martin) são mais frequentes e muito bem-vindas

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Grace encontra um final feliz ao lado de Nick (Peter Gallagher)... ou seria Frankie sua real companheira de vida?

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Robert (Martin Sheen) e Sol (Sam Waterston), por sua vez, aparecem cada vez menos juntos. Os dois passaram 20 anos como amantes dentro do armário, sonhando com o momento em que finalmente poderiam viver aquele amor plenamente. Passada a lua de mel, cada um busca interesses próprios e, absortos por seus hobbies, vão se afastando cada vez mais. Casais não devem viver grudados, mas a série passa a ideia de má convivência entre os homens.

cliffhanger do último episódio é de dar um descompasso no coração. Aos fãs, resta a esperança de que este seja o mote da próxima temporada, em vez de se tornar algo resolvido com explicações estapafúrdias. Grace e Frankie merecem mais profundidade.

Avaliação: Bom

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