Entenda por que a TV por assinatura perde espaço para o streaming
Crise econômica e personalização do conteúdo ajudam a explicar o fenômeno
atualizado
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A crise econômica e popularização dos serviços de streaming fazem, silenciosamente, a primeira vítima: a TV por assinatura. Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), 311 mil assinantes abandonaram os canais fechados apenas em 2016.
Desde 2014, o serviço perdeu cerca de 1 milhão de clientes. O número pode não parecer tão expressivo, já que ainda são 18,8 milhões de assinantes, mas indica uma tendência de queda. A primeira registrada na série histórica iniciada em 2002.
A crise econômica, que diminui o poder aquisitivo do consumidor, aparece como o motivo mais latente desse cenário. No entanto, é difícil crer que uma alteração da atividade econômica mude substancialmente os dados do setor.
O streaming veio para ficar. Mais barato — pelo menos, enquanto a mão pesada do Estado não cobra impostos abusivos —, os serviços oferecem algo impensado pelas TVs a cabo: personalização.Atualmente, os planos mais baratos das TVs por assinatura giram em torno de R$ 89. Além disso, o usuário é obrigado a assinar um pacote de canais. Não é possível contratar apenas filmes ou esportes, por exemplo.
No streaming, essa é a lógica. Você paga pelo conteúdo que deseja consumir, por um preço mais em conta: em torno de R$ 30. As próprias emissoras tradicionais começam a se movimentar. A Globosat, por exemplo, estuda criar uma plataforma dedicada aos esportes.
Não é exagerado dizer que, em breve, será possível assinar diversos serviços de streaming de conteúdos variados: séries, filmes e esportes. Quer uma dica? Economize e compre uma smart TV.