“El Chapo”: uma crônica política sobre corrupção e ódio na Netflix
Seriado reconta a trajetória de um dos mais polêmicos narcotraficantes do mundo
atualizado
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Até descobrir a surpreendente história do traficante que escapou de moto do presídio, nunca tinha ouvido falar de Joaquín “El Chapo” Guzmán. Assim como milhões de pessoas, fiquei curioso em relação a esse criminoso. Um ano depois, via Netflix, aprendi muito sobre ele em um ótimo seriado: “El Chapo”.
As comparações entre “El Chapo” e “Narcos” — outra produção do serviço de streaming — ficam apenas na temática: o narcotráfico latino. A trajetória de Joaquín Guzmán difere completamente do caminho de Pablo Escobar.
El Chapo, como é possível notar nos nove episódios, é o resultado do ódio. Ainda adolescente, ele tinha raiva do pai, um grosseiro plantador de papoula. Já traficante, não suportava a ideia de ser apenas mais um, desejava tornar-se patrão.
Essa é a linha narrativa da primeira temporada de “El Chapo”: apresentar o passado de Joaquín, sua ascensão e prisão. Em meio a isso tudo, um panorama dos grandes criminosos mexicanos embasa o projeto.
Política
“Se você nos fode, a gente te fode 20 vezes mais”, assim um assessor do presidente da República mexicano ameaça Chapo.
No seriado, a associação entre Estado e o tráfico de drogas é exibida explicitamente. Criminosos financiam os governantes, que controlam os “negócios” com apoio do Exército.
“El Chapo” tem segunda temporada prevista para 2018.