Black Lightning: racismo é pano de fundo de série com herói negro
O primeiro episódio, disponibilizado pela Netflix, comprova que a DC vai bem melhor nas séries
atualizado
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Black Lightning (Raio Negro) comprova uma tese: a DC acerta muito mais nas séries do que nos filmes. A nova produção, disponível na Netflix, conta a história de Jefferson Pierce (Cress Williams), nome civil do herói, em meio a um contemporâneo cenário de racismo nos Estados Unidos e no mundo.
O novo seriado não é sutil ao abordar as tensões raciais. Logo no primeiro episódio, único disponível no serviço de streaming (os capítulos vão ser atualizados todas as terças-feiras), a questão política/social fica evidenciada: a escalada de violência da gangue Os 100 coloca a polícia em rota de colisão com a comunidade negra.Nesse cenário de confusão, Pierce comanda uma escola que busca dar futuro pacífico aos jovens da comunidade. Há nove anos, o homem não utiliza os superpoderes (que envolvem, entre outras coisas, eletrocutar e manipular partículas e elétrons) após quase morrer e se divorciar da ex-esposa, Lynn Pierce (Christine Adams).
Porém, em meio ao caos sócio-racial causado pelos confrontos entre as gangues e a polícia, suas duas filhas (atenção nelas!), Anissa Pierce (Nafessa Williams) e Jennifer Pierce (China Anne McClain), são sequestradas. O crime faz o Raio Negro voltar à ativa, mesmo que um pouco enferrujado.
A parte de ação do episódio piloto resume-se basicamente à caçada de Jeff pelas filhas. O resto do tempo é utilizado (muito bem, por sinal) para construir o panorama de tensão racial. Se o seriado seguir o caminho apresentado no primeiro episódio, vem coisa muito boa por aí.