metropoles.com

O que falar da situação da saúde e dos servidores, pré-candidatos?

No primeiro debate, os sete postulantes ao Palácio do Buriti pouco falaram sobre um dos temas que mais afligem a população do DF

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Peter Neylon\SindSaúde
Insatisfeitos
1 de 1 Insatisfeitos - Foto: Peter Neylon\SindSaúde

Durante o debate promovido pelo Metrópoles na última segunda-feira (9/7), os sete pré-candidatos ao Governo do Distrito Federal (GDF) pouco falaram sobre um dos temas que mais afligem a população do DF: a saúde pública. Causou também estranheza a indiferença aos assuntos relacionados aos servidores públicos, considerando que a economia do Distrito Federal é movida em grande parte por esse grupo.

Todos os outros temas da administração pública são relevantes, mas, por uma questão lógica, a saúde é um dos mais importantes. Antes de tudo, precisamos estar vivos e bem! Infelizmente, o caos instalado no DF se arrasta há muitos anos e a gestão atual conseguiu piorar o que já era péssimo. Mesmo assim, o assunto foi desprezado na maior parte do tempo e por quase todos os aspirantes ao Palácio do Buriti presentes.

Representantes do SindSaúde assistiram atentos aos embates entre os postulantes ao GDF – aqueles que, em campanha, prometem mundos e fundos a todos os eleitores, entre eles os funcionários públicos. No entanto, a saúde não foi tratada como um dos principais problemas desta gestão. Apesar das promessas feitas, Rollemberg (PSB) foi “mais do mesmo”.

Se não houver mudança na postura e no discurso dos pré-candidatos, podemos “pôr as barbas de molho”, pois aquilo a que assistimos ontem foi um festival de malabarismo, com todos equilibrando-se num discurso pífio e sem qualquer esperança para o setor e tampouco para os servidores.

O único a citar a saúde e confrontar o atual governador, Rodrigo Rollemberg – o qual, de forma até debochada, atreve-se a buscar a reeleição –, foi o ex-secretário de Saúde Jofran Frejat (PR). Ao adversário político, Rollemberg teve a audácia de dizer que o Instituto Hospital de Base está ótimo, um exemplo de sucesso, e os servidores estão satisfeitos. Frejat respondeu que recebe diariamente ligações de trabalhadores da pasta com pedidos de socorro.

No SindSaúde não é diferente. Diariamente, recebemos pedidos de ajuda de servidores inconformados com a situação e tendo seus direitos negados. Todos querem com urgência o fim deste governo.

O que a gestão atual fez com os servidores do Hospital de Base, removidos de forma arbitrária, é uma falta de respeito com o ser humano e seus direitos. É também uma grande falha gerencial, pois, sendo o Base o maior hospital da rede e tendo 29 leitos de UTI fechados, beira a irresponsabilidade dispensar servidores e deixar os pacientes sem assistência. No entanto, nada disso foi destacado durante o debate.

Salários

Outro problema é a situação salarial dos servidores, em todas as funções. São quase sete anos sem qualquer reposição das perdas inflacionárias. As remunerações minguam com o custo de vida altíssimo e a falta de perspectivas de melhorias. Nem com as leis que asseguram incorporações de gratificações, as quais se arrastam há uma década, elas foram pagas. A última parcela de um reajuste dividido em três vezes, tampouco.

Não à toa, o número de servidores que se desligam do setor público é crescente. Trata-se de profissionais extremamente qualificados preferindo tentar a sorte em outras áreas. E, por aqui, o governo vai “economizando”, trocando os melhores por medianos.

Servidores concursados passam por “peneiras” rigorosas. São anos dedicando-se aos estudos para conseguir êxito. Qualificam-se em várias especializações para serem bem-sucedidos nos exames de títulos. No entanto, estão cada dia mais desmotivados a continuar no setor público. E os discursos dos postulantes ao Palácio do Buriti, praticamente sem menções à valorização desses servidores, foram um verdadeiro balde de água fria.

De todos os sete pré-candidatos, apenas dois falaram, ainda que superficialmente, sobre a incorporação da terceira parcela da Gratificação de Atividade Técnico-Administrativa (GATA). Ao ser questionada por Fátima Sousa (PSol) a respeito, Eliana Pedrosa (PROS) não respondeu objetivamente.

Apenas na tréplica, Eliana Pedrosa comprometeu-se com o pagamento da terceira parcela da GATA. Somente após ser incitada pela plateia a responder a pergunta. Fátima prometeu pagar.

Tema urgente

É preciso que os pré-candidatos, depois de oficializarem suas candidaturas, apresentem os seus planos de governo e informem os projetos para a saúde e de valorização do servidor. É imperativo que eles se comprometam em resgatar a saúde, investindo na estrutura e no capital humano.

Não há dúvidas de que os servidores públicos do Distrito Federal serão o fiel da balança para definir o pleito eleitoral. O candidato que se aproximar e se comprometer com as necessidades do serviço e do servidor será ungido como nosso representante. Precisamos mudar!

Rollemberg foi eleito com votação expressiva desse grupo e deu as costas a quem acreditou que ele pudesse fazer diferente. Já teve a sua chance. Desperdiçou… Rollemberg nunca mais!

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?