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Governo do DF deixa hospitais sem remédio e atendimento

Relatórios fixados nas paredes das Unidades Básicas de Saúde mostram listas enormes de medicamentos de baixo custo, porém, sem estoque

atualizado

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SindSaúde
SEM SAUDE 1
1 de 1 SEM SAUDE 1 - Foto: SindSaúde

Em ano eleitoral, é comum os políticos demonstrarem preocupação com a população. No entanto, é perceptível no DF o desprezo do governador Rollemberg, recorrente desde o início do mandato. A população segue abandonada, sem medicamentos, sem atenção básica e sem expectativa de mudanças a curto prazo.

Relatórios fixados nas paredes das Unidades Básicas de Saúde (UBS) mostram listas enormes de medicamentos que estão sem estoque. Alguns com custo baixíssimo, mas que permanecem indisponíveis há meses.

Recentemente, o GDF tentou justificar o desabastecimento com a greve dos caminhoneiros, que fechou rodovias brasileiras. Encerrada a manifestação, a desculpa não existe mais. No entanto, tudo continua como antes. Para a população e para o servidor só sobra arrogância.

Nessa segunda-feira (18), o portal SindSaúde divulgou um ofício da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional DF, que pede ao secretário de Saúde, Humberto Lucena, que agilize a compra de fitas medidoras de glicose para a rede pública de saúde. No documento, o presidente da OAB, Juliano Costa Couto, pediu que seja feita uma contratação emergencial e falou sobre os riscos para os pacientes que necessitam fazer a medição diariamente.

Problemas sem fim

No Hospital Regional de Ceilândia, denúncia feita pela imprensa mostrou que alguns medicamentos estão em falta há seis meses. Na unidade, faltou esparadrapo para atendimentos básicos. O GDF diz que é mentira dos servidores.

Na última semana, o SindSaúde mostrou o caso de uma mulher com um feto sem vida na barriga há mais de vinte dias. A paciente estava internada no HRC e não conseguiu na rede o medicamento que precisa para expeli-lo.

Enquanto o secretário de Saúde do DF, Humberto Lucena, aponta a burocracia dos processos licitatórios para compra de remédios e para outras medidas na pasta, os pacientes esperam meses na fila por atendimento. Para ter uma ideia, a escolha da empresa que fornecerá medicamentos quimioterápicos para tratamento de pacientes da rede com câncer levou oito meses.

Divulgação SindSaúde-DF
Fotos feitas por servidores nas unidades básicas de saúde indicam a grande quantidade de medicamentos sem estoque

A Constituição Federal determina o direito à saúde a todas as pessoas, impondo ao Estado a obrigação de prestar assistência integral. O artigo 196 diz que “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação”.

Ao que parece, Rollemberg e o secretário Fonseca rasgaram essas páginas da Constituição Federal. A eles, o tratamento igualitário é apenas para os parentes, pouco se preocupam com a população necessitada. Aliás, como dizem, esse é um governo que quer distância dos pobres e faz questão de amargar ainda mais a vida dos servidores.

Rollemberg deixará um legado deprimente. Uma mancha na história da saúde da capital do país. A população segue contando os dias para o fim da má gestão.

#ForaRollemberg

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