Veja imagens da devastação e de animais resgatados de incêndio no Parque do Juquery
Chamas devastaram 43% da área ambiental, de acordo com a direção do parque; um tatu e um ouriço estão entre os animais resgatados com vida
atualizado
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São Paulo – O incêndio que atingiu o Parque Estadual do Juquery na tarde de domingo (22/8) e que só foi controlado na terça-feira (24/8), além de ter devastado 43% da área ambiental, afetou a vida dos animais que vivem no local.
Era madrugada quando a moradora de um condomínio a poucos quilômetros do parque encontrou um ouriço escondido em seu quintal.
O animal silvestre é um dos quatro sobreviventes do incêndio resgatados por um grupo de veterinários e biólogos voluntários. A equipe transformou um departamento do parque em hospital de campanha veterinário.
“Ele estava muito sujo de cinza e desidratado”, diz a veterinária Luciana Guimarães.
O ouriço é uma espécime diferente do porco espinho porque não solta os espinhos e também não é venenoso. O bicho foi colocado uma uma caixa e está sendo monitorado.
Ao seu lado, em outra caixa, está o tatu encontrado por brigadistas em meio à vegetação queimada. Ele ficou dois dias na UTI recebendo soro e alimentação, e deve ser reintegrado à natureza nas próximas horas.
Os outros sobreviventes são dois calangos que se recuperam dentro de um pote de plástico usado para armazenar sorvete, mas transformado em leito veterinário.
Vítimas do fogo
Por dia, cerca de 20 veterinários se revezam nos cuidados com os animais silvestres que são trazidos por oficiais da Polícia Ambiental e brigadistas.
Um espaço da sala com um aviso escrito em papel “necropsia” é usado para avaliar as carcaças de animais que chegam necrosadas pelo fogo, como a de uma jararaca e de um camundongo do mato.
Para tentar resgatar mais animais que estejam machucados, os voluntários vão instalar armadilhas monitoradas nas áreas de escape, para onde podem ter ido para fugir do fogo.