Vale anuncia novas doações para vítimas de Brumadinho
Dessa vez, serão entregues R$ 50 mil para todos os proprietários de “barracões” e casas atingidos pelo mar de rejeitos de minérios
atualizado
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Na última segunda-feira (28/1), após o ocorrido ao rompimento da barragem da Mina Feijão, em Brumadinho (MG), a companhia Vale anunciou a doação imediata de R$ 100 mil para cada família de pessoas desaparecidas ou de vítimas da tragédia que se seguiu. Nesta sexta-feira (1°/2) os executivos anunciaram novos recursos para pessoas que moravam nas áreas atingidas. As doações constam em R$ 50 mil para todos os “barracões” e casas atingidas pelo mar de rejeitos de minérios.
Nesta sexta, o prefeito da cidade de Brumadinho, Avimar Barcelos, deu uma coletiva de imprensa para sanar dúvidas sobre a situação que a cidade se encontra. “A cidade está cortada em três partes, três barreira que atrapalham o acesso da zona rural à cidade. Estamos tentando melhorar as pistas para chegar à sede”, afirmou Avimar.
“Qualquer pessoa que saiu da sua casa, por uma rachadura, uma varanda, ou por ordem da Defesa Civil, vai ganhar os R$ 50 mil. Se a família perdeu a casa, vai para o hotel até segunda ordem e [recebe] os R$ 50 mil”, completou.
O prefeito afirmou que a Vale cumpriu a doação de R$ 100 mil para as vítimas e completou que “independente da Vale estar ou não em operação, vai pagar CFEM – Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais – por dois anos e outros impostos”.
Volta às aulas
Nessa quinta (31), a Secretaria de Educação de Brumadinho anunciou o adiamento do início das aulas do ano letivo de 2019, por conta da dificuldade de acesso dos alunos às escolas e pelas perdas dos entes queridos tanto de alunos como de professores.
Sobre o assunto, o prefeito afirmou que “as aulas voltam no máximo até dia 11 de fevereiro, ou até quarta que vem (6)”.
Agradecimentos
Para finalizar, o prefeito agradeceu a todo o Brasil e ao Estado de Israel pelo apoio e solidariedade. Sobre as doações, Avimar disse que pediu a paralisação das doações até término do inventário, pois “algumas coisas temos de menos e outras temos de mais”. O responsável disse ainda que, com todo esse apoio, tem certeza que a cidade não ficará na mão.
“Temos carretas e carretas de água, cesta básica, água a vontade, isso não é um problema. Todas as comunidades estão sendo muito bem atendidas”, ressaltou Avimar.