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Quincy Jones em entrevista polêmica: “Beatles não tocavam nada”

Em conversa com o site Vulture, célebre produtor de Michael Jackson criticou também o estado da música pop atual

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Aos 84 anos, o produtor Quincy Jones é dono de uma carreira e currículo invejáveis: além de já ter trabalhado com alguns nomes como Miles Davis, Frank Sinatra e Duke Ellington, Jones é um dos responsáveis por Thriller, de Michael Jackson, o disco mais vendido de todos os tempos e já venceu 27 prêmios Grammy.

Bastante consciente de seu sucesso e legado na música, Jones concedeu uma entrevista ao site Vulture, na qual falou de forma extremamente franca sob racismo, política e deu sua opinião sobre alguns dos principais nomes do pop, como Beatles e U2.

A ligação de Jones com a influente banda inglesa aconteceu em 1970, quando ele trabalhou no primeiro álbum solo do baterista Ringo Starr. Eis a resposta completa do produtor sobre suas primeiras impressões sobre os Beatles:

Eles me pareceram os piores músicos do mundo. Aqueles desgraçados não sabiam tocar. Paul era o pior baixista que eu já havia escutado. E Ringo? Nem me fale. Eu lembro de estar no estúdio com George Martin e ele havia demorado três horas para gravar um trecho de bateria. Nós falamos, ‘Companheiro, porque você não vai pegar uma cerveja, uma torta e relaxar durante uma meia hora?’ Ele fez isso e durante esse tempo, nós ligamos para Ronnie Verrell, um baterista de jazz. Ronnie veio e, em 15 minutos, resolveu o problema. Ringo volta e fala, “George, toca aquele trecho pra mim?” Ele toca e Ringo parece satisfeito: ‘Isso não soou tão ruim’. Eu respondo: ‘Claro, filho da puta, porque não é você’. Ele era um ótimo cara, no entanto.

Quincy Jones afirmou também estar bastante insatisfeito com o estado do pop hoje em dia, afirmando que os artistas só pensam em dinheiro e os produtores estão preguiçosos e deixaram de estudar os aspectos fundamentais da música.

“As pessoas só estão atrás de dinheiro hoje em dia. Deus abandona a sala quando você só pensa nisso. Na minha carreira, eu nunca trabalhei dessa forma”, afirmou. “Você tem que respeitar o dom que Deus te deu e estudar o ofício”, completou.

Apesar das críticas, o produtor citou Bruno Mars, Chance the Rapper, Kendrick Lamar, Ed Sheeran e Sam Smith como os artistas que o agradam atualmente.

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