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Quem é Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro preso em operação da PF

Ex-ajudante de Bolsonaro foi preso em operação que investiga associação acusada de inserção de dados falsos de vacinação contra Covid-19

atualizado

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Jair Bolsonaro e ajudante de ordens tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid, o "coronel Cid"
1 de 1 Jair Bolsonaro e ajudante de ordens tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid, o "coronel Cid" - Foto: Reprodução/TV Globo

O tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, conhecido como Coronel Cid, preso preventivamente em operação da Polícia Federal que investiga fraude em dados de vacinação contra a Covid-19, tem histórico de relacionamento com a família do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Filho do general Mauro Cesar Lourena Cid, que foi colega do ex-chefe do Executivo no curso de formação de oficiais do Exército, Mauro Cid era major e foi promovido a tenente-coronel em 2022. Ele foi ajudante de ordens de Bolsonaro durante a gestão presidencial.

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Cid com Bolsonaro no debate da TV Globo, na antevéspera do segundo turno das eleições de 2022
Ex-presidente Jair Bolsonaro em viagem à Flórida, nos Estados Unidos, em março de 2020
Cid com Bolsonaro em viagem aos Estados Unidos em março de 2020
A dupla Bolsonaro-Cid, em viagem ao Catar, em 2021
O ajudante de ordens carregava a pasta e era o guardião do telefone do ex-presidente
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Jair Bolsonaro e Mauro Cid

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Cid com Bolsonaro no debate da TV Globo, na antevéspera do segundo turno das eleições de 2022

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Ex-presidente Jair Bolsonaro em viagem à Flórida, nos Estados Unidos, em março de 2020

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Cid com Bolsonaro em viagem aos Estados Unidos em março de 2020

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A dupla Bolsonaro-Cid, em viagem ao Catar, em 2021

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O ajudante de ordens carregava a pasta e era o guardião do telefone do ex-presidente

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Bolsonaro embarca para a Suíça, em janeiro de 2019: Cid estava sempre próximo

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Cid com Bolsonaro, na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2019

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Acompanhado do ajudante de ordens, Bolsonaro visita museu em Dallas, nos Estados Unidos, em 2019

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Mauro Cid foi apontado como o pivô da demissão do general Júlio Cesar de Arruda do comando do Exército, em janeiro deste ano.

Intimidade com o presidente

O militar compartilhava da intimidade do então presidente. Além de acompanhá-lo em tempo quase integral, dentro e fora dos palácios, Cid era o guardião do telefone celular de Bolsonaro, a ponto de atender ligações e a responder mensagens em nome dele. Também cuidava de tarefas comezinhas do dia a dia da família, como pagar contas em dinheiro vivo.

Ele também é alvo de investigação da Polícia Federal (PF) que apura se o ajudante de ordens do ex-presidente operava uma espécie de “caixa paralelo”, por meio de saques de recursos dos cartões corporativos, o que é negado por Bolsonaro.

De acordo com informações divulgadas com exclusividade pela coluna de Rodrigo Rangel, do Metrópoles, as descobertas conectam o antigo gabinete de Bolsonaro diretamente à mobilização de atos antidemocráticos e lançam graves suspeitas sobre a existência de uma espécie de caixa 2 dentro do Palácio do Planalto, com dinheiro vivo proveniente, inclusive, de saques feitos a partir de cartões corporativos da Presidência e de quartéis das Forças Armadas.

O personagem em questão é exatamente Mauro Cid.

Entre as contas pagas por Cid, estão faturas de um cartão de crédito adicional emitido no nome de Rosimary Cardoso Cordeiro, funcionária do Senado Federal lotada no gabinete do senador Roberto Rocha (PTB-MA). Ela é amiga próxima de Michelle — ambas trabalhavam como assessoras de deputados na Câmara — e aparece em fotos ao lado de Bolsonaro e da ex-primeira dama.

Prisão

Mauro Cid foi preso no âmbito da chamada Operação Venire, que investiga uma associação criminosa acusada pelos crimes de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Um mandado de prisão contra o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, e outro de busca e apreensão na casa do ex-presidente, em Brasília. A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ao todo, a PF cumpre 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro, além de análise do material apreendido durante as buscas e realização de oitivas de pessoas que detenham informações a respeito dos fatos.

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