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CPI: Santos Cruz chama Olavo de “vigarista profissional”. Assista

Ministro fala na comissão mista que investiga fake news e credita ataques a “pequeno grupo ideológico” fã de Bolsonaro

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1 de 1 aeaf9b33-1c56-4b8f-ac45-a0870a65a4a9 - Foto: Raphael Veleda/Metrópoles

O general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro chefe da Secretaria de Governo, chamou o professor de filosofia online Olavo de Carvalho de “vigarista profissional”.

Demitido em junho pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Santos Cruz fala na tarde desta terça-feira (26/11/2019) na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News. Ele disse que foi vítima de ataques virtuais, mas evitou citar nomes de responsáveis para além de Carvalho, considerado uma espécie de guru por uma ala do governo Bolsonaro que reúne ministros, parlamentares aliados e alguns filhos do presidente.

Assista ao vivo:

Quando Santos Cruz estava no governo, ele foi intensamente atacado por Olavo de Carvalho e pelo segundo filho presidencial, Carlos Bolsonaro. Na sessão de hoje, o ex-ministro, como já fez em outras ocasiões, rebateu: “Olavo de Carvalho não tem padrão nem para se expressar. Pode ser que tenha ideias boas, mas o comportamento é um comportamento de vigarista. O que li dele, falado por sua filha, é que é um vigarista profissional, que conseguiu influência”.

Santos Cruz disse ainda que não processou o professor, que também escreve livros, porque “ele é de tão baixo nível que não vou me desgastar e gastar meu tempo com esse nível de gente nem na Justiça”.

Santos Cruz afirmou que foi sim vítima de ataques coordenados na época em que estava sendo “fritado”, mas se esquivou de apontar nomes. “A parte de quem faz o quê… Assim como todos, também tenho minha ideia, mas isso pode ser tecnicamente comprovado”

Para Santos Cruz, um pequeno grupo mais ideológico entre os eleitores de Bolsonaro adota um “comportamento de seita” e tenta fazer da política um eterno campo de batalha. “Se você não concorda com tudo, passa a ser inimigo”, afirmou.

O ex-ministro mostrou aos parlamentares imagens de conversas de WhatsApp nas quais estaria criticando o presidente e disse ser montagem. Ele disse não saber quem foi o autor dessas montagens, mas criticou, também sem citar nomes, quem levou o material ao presidente Bolsonaro.

“Um assessor que leva uma coisa falsa para a autoridade não é um assessor, é um manipulador. É uma canalhice porque coloca em risco a autoridade”, atacou. “O mau assessor é uma pessoa de deslealdade imensa. Um assessor não pode ser um inexperiente, um irresponsável”, completou.

Ele não creditou sua saída do governo, porém, aos ataques virtuais. “Eu sai não por causa disso, mas porque o presidente deve ter as pressões dele e eu saí, isso não é problema”, resumiu.

A reunião começou às 14h e deve durar até o início da noite.

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