Comércio do DF perdeu R$ 92,5 milhões com greve dos caminhoneiros
Segundo a Fecomércio, prejuízo refere-se apenas aos setores de combustíveis, lubrificantes, hiper e supermercados
atualizado
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Com a greve dos caminhoneiros, muitas empresas e setores da economia brasiliense estão acumulando prejuízos financeiros. No Distrito Federal, os segmentos de combustíveis e lubrificantes, hiper e supermercados, juntos, já contabilizam uma perda de R$ 92,5 milhões, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC) divulgado pela Fecomércio-DF.
Diante dessa queda intensa de faturamento, as entidades revisaram a expectativa de crescimento do varejo em 2018, de 5,4%, para 4,7%.
Para o vice-presidente da CNC e presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, essa é uma situação momentânea, mas preocupante. “Os consumidores não precisam estocar produtos. Não se trata de uma situação de escassez, e sim de crise. Não é justo se aproveitar dessa situação para aumentar o preço para o consumidor”, afirmou Adelmir.O segmento atacadista ainda tem estoque para abastecer a cidade por 30 dias. “Não estamos fazendo as entregas para Goiás, pois muitos atacadistas não estão conseguindo entregar suas mercadorias. Mas esperamos que a greve acabe o mais rápido possível”, disse o vice-presidente do Sindicato do Comércio Atacadista do Distrito Federal (Sindiatacadista-DF), Roberto Gomide Castanheira.
Já o presidente do Sindicato dos Supermercados do Distrito Federal (Sindsuper-DF), Antonio Perón, argumenta que a situação do setor esteve melhor nesta terça-feira (29/5). “Conseguimos receber bananas, tomates, algumas carnes, e aos poucos estão chegando frutas, verduras e legumes, que são os alimentos perecíveis”, explicou.
A presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis), Elisa Schmitt, avisa que o abastecimento dos combustíveis nos postos foi mais lento nesta terça-feira. “Os caminhões ainda estão saindo com escolta policial, mas o combustível tem acabado rapidamente nas bombas. A nossa expectativa é que a situação se regularize no final da semana”, prevê.
A Fecomércio-DF considera inadmissível que um movimento grevista, seja ele qual for, paralise o país e prejudique a sociedade. A entidade disse esperar que os Poderes brasileiros encontrem uma solução e a situação volte ao normal.