Pico de pressão: saiba sobre problema que levou Magal suspender show
Sidney Magal interrompeu um show após ter um pico de pressão enquanto cantava. Cardiologistas explicam o que pode causar o problema
atualizado
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Sidney Magal, de 72 anos, deu um susto nos fãs ao passar mal durante um show em São José dos Campos, em São Paulo, na noite de quinta-feira (25/5). O cantor sofreu um pico de pressão no palco e, depois de atendimento médico nos bastidores, foi encaminhado para um hospital.
Em um vídeo gravado nesta sexta-feira (26/5), Magal contou que lida com a hipertensão há muitos anos. “Já tenho pressão alta há muito tempo, me preocupei e achei que deveria correr pro hospital”, disse.
Além da hipertensão, os picos de pressão podem ser provocados por estresse, consumo excessivo de sal, de álcool, tabagismo, obesidade e uso de algumas medicações. Até mesmo durante a prática de exercício físico é possível passar por um pico de pressão, uma vez que os músculos necessitam de mais sangue.
“A pressão arterial oscila. Ela não é estanque durante todo o dia. Ela é necessária para que o sangue circule e seja levado às áreas mais necessitadas”, explica o cardiologista Sergio Henrique Ramalho, do Hospital Brasília.
Sintomas
Na maioria dos casos, a pressão alta é assintomática. Alguns pacientes podem apresentar tontura e náusea. Segundo Ramalho, os sintomas são muito tênues e, ao contrário, do que muitos acreditam, a hipertensão não está diretamente relacionada à dor de cabeça.
“Na estatística, nós chamamos isso de causalidade reversa. É mais provável que a pessoa tenha uma dor de cabeça por algum motivo – como enxaqueca, dor de cabeça convencional ou por não ter dormido direito – e a pressão também esteja alta. Ao medir, o paciente faz uma falsa relação de causa com a dor de cabeça”, explica.
De acordo com o cardiologista, a situação é de emergência quando a pressão está alta e a pessoa apresenta outros sintomas como dor no peito e falta de ar. Também é necessário ir ao médico, quando há alterações na musculatura da face ou na força do corpo, pois existe a possibilidade de um AVC.
Pacientes de risco
Pacientes acima de 65 anos são os mais propensos a desenvolver pressão alta e também os que correm maior risco de complicações devido ao enrijecimento dos vasos sanguíneos.
Pessoas com doenças cardíacas conhecidas, que já sofreram infarto ou acidente vascular cerebral (AVC) também devem controlar a pressão com bastante atenção, pois também correm maior risco. “A hipertensão arterial é a doença mais prevalente depois dos 60 anos de idade, com mais robustez associada com infarto e AVC, as duas doenças que mais matam no mundo”, diz Ramalho.
Na pós-menopausa, o risco aumenta para as mulheres devido às alterações hormonais, de acordo com o cardiologista Bruno Bacelar, da clínica Tivolly, em Brasília.
O que fazer?
Para um diagnóstico de hipertensão, é preciso medir a pressão em ambientes e situações diferentes. Se ficar constatado que há um pico hipertensivo, o paciente deve procurar um médico cardiologista para avaliar a causa e receber orientações para o tratamento. “Pode ser um quadro temporário ou de hipertensão arterial”, afirma Tivolly.
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