Opas defende adiamento da Copa América no Brasil
Em coletiva de imprensa nesta quarta (9/6), a agência de saúde destacou que grandes eventos durante a pandemia representam risco adicional
atualizado
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Durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (9/6), a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) se posicionou contra a realização da Copa América no Brasil. “Os organizadores deveriam considerar postergar o evento para um momento mais favorável”, afirmou o diretor de emergências de saúde da Opas, Ciro Ugarte.
De acordo com ele, a realização de grandes eventos é um risco adicional à população. “Qualquer país que decida organizar eventos desse tamanho deve avaliar os riscos, e o setor de saúde deve monitorar de forma mais próxima“.
O diretor afirma que não é possível zerar os riscos e, por isso, defende que o evento seja adiado. Na última segunda-feira (7/6), a Organização Mundial de Saúde (OMS) fez um apelo para que o Brasil seja “extremamente cuidadoso” em relação aos protocolos sanitários do evento esportivo. Na semana passada, a OMS já havia declarado não ter sido consultada pelo governo brasileiro sobre a realização da Copa América no país.
Pandemia nas Américas
Ainda na coletiva de imprensa desta quarta-feira (9/6), a diretora geral da entidade, Carissa Etienne, voltou a alertar sobre a situação da pandemia na região das Américas e Caribe. “As tendências que estamos vendo são claras: em nossa região, este ano está sendo pior do que o anterior“.
Segundo a Opas, na semana passada, houve quase 1,2 milhão de novos casos de Covid-19 e mais de 34 mil novas mortes nas Américas, sendo que 4 dos 5 países com maior número de mortos no mundo estão na região.
“Apenas 10% da população da América Latina e do Caribe Earth foi totalmente vacinada”, lembrou Etienne. Ela ressalta que mesmo países que “fazem campanha de vacinação há meses como Equador, Bolívia e Peru, só conseguiram vacinar 3% de suas populações”.