Ômicron pode voltar a sobrecarregar hospitais, alerta OMS
Diretor-geral da entidade internacional, Tedros Ghebreyesus, afirmou que nova variante se dissemina mais rápido do que as outras
atualizado
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O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou, nesta terça-feira (14/12), que a rápida velocidade com a qual a variante Ômicron do novo coronavírus vem se propagando pode levar à sobrecarga do sistema de saúde do mundo em poucas semanas.
Ao menos 77 países já registraram casos de Covid-19 relacionados à variante de preocupação, desde que ela foi identificada por cientistas sul-africanos há apenas três semanas.
“A realidade é que a Ômicron está provavelmente na maioria dos países, mesmo que ainda não tenha sido detectada. A Ômicron está se espalhando a uma taxa que não vimos com nenhuma variante anterior”, destacou o diretor durante coletiva de imprensa.
Saiba mais sobre a variante Ômicron do coronavírus:
“Estamos preocupados com o fato de as pessoas estarem tomando a Ômicron como leve. Certamente, já aprendemos que subestimamos esse vírus por nossa conta e risco. Mesmo que a Ômicron cause doenças menos graves, o grande número de casos pode, mais uma, vez sobrecarregar os sistemas de saúde despreparados”, continuou.
Tedros alertou ser um erro acreditar que as medidas de segurança contra o vírus podem ser deixadas de lado entre os vacinados. “Não são vacinas em vez de máscaras. Não são vacinas em vez de distanciamento. Não são vacinas em vez de ventilação ou higienização das mãos. Faça tudo. Faça de forma consistente. Faça bem”, enfatizou.
Doses de reforço
Os diretores da OMS voltaram a pedir que os países ricos priorizem o envio de vacinas para os mais pobres, sem acesso a imunizantes, ao invés de usá-las como dose de reforço. A estratégia visa proteger as populações mais vulneráveis que seguem desprotegidas.
“Deixe-me ser bem claro. A OMS não é contra reforços. Somos contra a desigualdade. Nossa principal preocupação é salvar vidas, em todos os lugares. Se acabarmos com a desigualdade, acabaremos com a pandemia de Covid-19. Se permitirmos que a desigualdade continue, permitiremos que a pandemia continue”, disse.