Ômicron infecta 70 vezes mais rápido, porém é menos grave, diz estudo
Estudo feito pela Universidade de Hong Kong mostra que a variante se replica dez vezes mais devagar nos tecidos pulmonares
atualizado
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Cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Hong Kong afirmaram, nessa quarta-feira (15/12), terem encontrados evidências para explicar porque a variante Ômicron está se espalhando rapidamente, mas provoca sintomas mais brandos do que as versões anteriores do coronavírus.
Um estudo feito em laboratório para analisar a capacidade de multiplicação do vírus em diferentes tecidos do corpo humano mostrou que a Ômicron infecta cerca de 70 vezes mais rápido do que a Delta e a cepa original do coronavírus nas vias aéreas durante as 24 horas após a infecção.
Esta característica pode facilitar a transmissão do vírus entre as pessoas, fazendo com que mais indivíduos adoeçam em um curto intervalo de tempo. Ao menos 77 países já relataram casos de Covid-19 relacionados à infecção pela Ômicron desde que ela foi descoberta por cientistas sul-africanos, em 24 de novembro.
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Por outro lado, a variante se multiplica dez vezes mais devagar nos tecidos pulmonares do que a versão original do Sars-CoV-2 – causador da Covid-19 –, o que sugere menor risco de agravamento da infecção no sistema respiratório.
“Ao infectar muito mais pessoas, um vírus muito infeccioso pode causar doenças mais graves e morte, embora o próprio vírus possa ser menos patogênico”, disse a principal autora do estudo, Michael Chan Chi-wai, em comunicado.
Chan Chi-wai explica ainda que “a gravidade da doença em humanos não é determinada apenas pela replicação do vírus, mas também pela resposta imune do hospedeiro à infecção, que pode levar à desregulação do sistema imunológico inato, ou seja, à ‘tempestade de citocinas'”.
Os dados do estudo estão, atualmente, em revisão por pares para, então, serem publicados em uma revista científica.