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Dietas restritivas funcionam? Conheça os riscos de emagrecer com elas

Cardápios com poucas calorias têm efeito rápido. Pacientes que adotam o método, porém, voltam a ganhar peso. Segredo é mudar hábitos

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1 de 1 dieta restritiva - Foto: Getty Images

Quando se quer emagrecer, encontra-se receitas prontas por todos os lados. Muitas prometem ser milagrosas, rápidas, suportáveis ou muito restritivas. Nesses casos, as pessoas diminuem drasticamente a quantidade de calorias consumidas diariamente. Isso, em curto prazo. A mudança de cardápio pode até surtir efeito, mas estudos mostram que 95% das pessoas que perdem peso com dietas extremas voltam a engordar e, às vezes, ganham até mais peso do que tinham antes de iniciar o regime.

A restrição severa de calorias tende a deixar o metabolismo mais lento depois de um certo tempo. O corpo humano utiliza as calorias dos alimentos para funcionar e, consequentemente, queimar gordura. Se restringimos a ingestão de calorias, o corpo entende que deve poupar para não faltar energia em momentos de emergência.

A nutricionista funcional Alessandra Almeida, que faz parte da equipe Nutricionistas e Funcional em Brasília, explica que, nesses casos, nosso corpo continua queimando gordura, mas a velocidade é reduzida. “Por isso, tem gente que perde muito peso com dieta mais restritiva, mas, depois de um tempo, não consegue mais. O metabolismo fica extremamente lento”, diz. “O acompanhamento nutricional é essencial para que a restrição calórica aconteça quando necessário, de maneira que a pessoa esteja constantemente queimando gordura”, conclui.

Quem busca perder peso deve compreender que a qualidade das calorias ingeridas é muito mais importante do que a quantidade. Alessandra ressalta que, às vezes, o paciente inclui alimentos em sua dieta achando que são benéficos, quando, na verdade, atrapalham a digestão. Os produtos industrializados light, tipo gelatinas ou sopas de pacotinho, são um exemplo. “Não se deve observar apenas as ‘baixas calorias’ indicadas nos rótulos mas também a composição dos produtos. Muitos deles possuem farinha ou açúcar. Isso acaba deixando as células de gordura mais inflamadas. Ou seja, apesar de terem valor calórico baixo, geram estímulos de forma negativa”, explica.

Em geral, as pessoas fazem regimes em busca de resultados rápidos na balança. Mas, no caso das dietas muito restritivas, o processo nem sempre é saudável, pois perde-se mais massa muscular e líquidos do que gordura em si. Portanto, cuidado antes de tentar seguir uma dieta da moda. O sucesso não pode ser medido pelos números e quilos perdidos facilmente, e sim pela qualidade do processo de emagrecimento.

“Se a pessoa não mudar a chave de pensamento sobre o papel da alimentação na vida dela, ficará sempre refém de alguma estratégia para alcançar seus objetivos”, pondera Alessandra. “É preciso compreender o funcionamento do seu corpo”, destaca.

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