Apesar de saudável para a saúde como um todo, a exposição ao sol em excesso pode ser maléfica para a pele e até desencadear o câncer de pele. Sem proteção, atividades como ir à praia, passear no parque e fazer trilhas, ou até mesmo trabalhos que exigem dos profissionais atuar em locais abertos por uma longa carga horária, podem ser perigosos — com o passar do tempo, o sol pode se tornar um vilão.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pele não melanoma (tipo menos grave da doença) é o mais comum no Brasil e corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados no país.
Quando descoberto ainda no início, pode ser tratado precocemente, o que aumenta consideravelmente as chances de cura. O câncer não melanoma é o mais frequente entre os tumores de pele e o de menor mortalidade. No entanto, se não tratado adequadamente, pode deixar mutilações expressivas na pele.
Sinais na pele
A dermatologista Adriana Fernandes, do Grupo São Cristóvão Saúde, explica como identificar alguns dos sinais de alerta desse tipo de câncer no corpo:
Lesões que não cicatrizam há mais de um mês
Pintas que mudam de tamanho, coloração ou geram algum desconforto, como dor ou coceira;
Pintas em local de trauma;
Pintas na palma das mãos e planta dos pés;
Pintas que surgem na fase adulta;
Lesões em geral que machuquem ou incomodem;
Histórico de casos de câncer de pele na família.
A especialista destaca que pessoas com a pele mais clara, de olhos azuis, e albinos têm maior propensão aos cânceres de pele provocados pelo sol, por não terem muito pigmento.
O câncer de pele tipo melanoma (mais grave) tem uma incidência maior em peles claras e com muitas pintas, ou pacientes com baixa imunidade e com algum histórico familiar da doença.
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O câncer de pele é o tipo de alteração cancerígena mais incidente no país, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). A enfermidade pode aparecer em qualquer parte do corpo e, quando identificada precocemente, apresenta boas chances de cura
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A exposição solar exagerada e desprotegida ao longo da vida, além dos episódios de queimadura solar, é o principal fator de risco do câncer de pele. Segundo o Inca, existem diversos tipos da doença, que geralmente são classificados como melanoma e não-melanoma
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Os casos de não-melanoma são mais frequentes e apresentam altos percentuais de cura. Além disso, esse é o tipo mais comum em pessoas com mais de 40 anos e de pele clara
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O melanoma, por sua vez, tem menos casos registrados e é mais grave, devido à possibilidade de se espalhar para outras partes do corpo. Por isso é importante fazer visitas periódicas ao dermatologista e questionar sobre sinais suspeitos
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Apesar de ser um problema de saúde que pode afetar qualquer pessoa, há perfis que são mais propensos ao desenvolvimento do câncer de pele, tais como: ter pele, cabelos e olhos claros, histórico familiar da doença, ser portador de múltiplas pintas pelo corpo, ser paciente imunossuprimido e/ou transplantado
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Segundo especialistas, é importante investigar sempre que um sinal ou pinta apresentar assimetria, borda áspera ou irregular, duas ou mais cores, ter diâmetro superior a seis milímetros, ou mudar de tamanho com o tempo. Todos esses indícios podem indicar a presença de um melanoma
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Os primeiros sinais de não-melanona tendem a ter aparência de um caroço, mancha ou ferida descolorida que não cicatriza e continua a crescer. Além disso, pode ter ainda aparência lisa e brilhante e/ou ser parecido com uma verruga
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O sinal pode causar coceira, crostas, erosões ou sangramento ao longo de semanas ou até mesmo anos. Na maioria dos casos, esse câncer é vermelho e firme e pode se tornar uma úlcera. As marcas são parecidas com cicatrizes e tendem a ser achatadas e escamosas
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O câncer de pele geralmente aparece em partes do corpo onde há maior exposição ao sol, estando muito associada à proteção inadequada com filtros solares
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De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o não-melanona tende a ser completamente curado quando detectado precocemente. Ele raramente se desenvolve para outras partes do corpo, mas se não for identificado a tempo, pode ir para camadas mais profundas da pele, dificultando o tratamento
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O diagnóstico do câncer de pele é feito pelo dermatologista por meio de exame clínico. Em determinadas situações, pode ser necessária a realização do exame conhecido como "Dermatoscopia", que consiste em usar um aparelho que permite visualizar camadas da pele não vistas a olho nu. Em situações mais específicas é necessário fazer a biópsia
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Segundo o Ministério da Saúde, “a cirurgia oncológica é o tratamento mais indicado para tratar o câncer de pele para a retirada da lesão, que, em estágios iniciais, pode ser realizada sem internação”
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Ainda segundo a pasta, “nos casos mais avançados, porém, o tratamento vai variar de acordo com a condição em que se encontra o tumor, podendo ser indicadas, além de cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia”
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Entre as recomendações para a prevenção do câncer de pele estão: evitar exposição ao sol, utilizar óculos de sol com proteção UV, bem como sombrinhas, guarda-sol, chapéus de abas largas e roupas que protegem o corpo. Além, é claro, do uso diário de filtro solar com fator de proteção solar (FPS) 15 ou mais
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Mas a profissional alerta que, independente do tom de pele, pessoas de todos os fototipos devem estar atentas e se protegerem quando expostas ao sol, porque a incidência dos raios ultravioletas está cada vez mais agressiva em todo o planeta.
Prevenção
Atitudes simples podem ser muito eficazes para evitar o câncer de pele. Além do uso de protetor solar e barreiras físicas, como bonés, chapéus e óculos, é importante evitar a exposição ao sol e proteger a pele dos efeitos da radiação ultravioleta.
O paciente deve sempre observar os sinais do corpo, mas a dermatologista ressalta que nenhum exame caseiro substitui a consulta e avaliação médica.
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