Influencer Kaique Brasileiro: “Sair da zona de conforto me inspira”
Misturando marketing e multitasking, o profissional revelou alguns segredos de sua criativa profissão
atualizado
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Gostamos de música? Sim! E de moda? Com certeza! E de memes, mídias sociais, looks do dia, selfies, festa e tudo o que há de mais divertido e moderno? Adoramos! E se a soma de tudo isso se transformasse em uma profissão? Não seria um sonho?
Kaique Brasileiro não só seguiu a cartilha mais atualizada da geração Z como criou a sua própria. Somou as suas habilidades e as transformou em uma nova profissão, misturando o marketing com a comunicação multitasking, sendo adaptável e muito criativo.
Ele trocou uma ideia com a gente e nos explicou um pouco mais sobre o nicho que encontrou e como transformou o seu lifestyle em uma carreira. Confira:
O que exatamente você faz?
Sempre gostei muito de moda e música, acompanho tudo em relação à cultura pop, memes e internet como um todo. Ao longo desse caminho, as coisas foram se unindo e viraram uma profissão que eu não sei nem definir. Apesar de desenvolver consultoria de mídias e posicionamento on-line para marcas de moda e música, eu estou à frente da NTA – Not That Agency, uma agência de relações públicas e social media management com foco justamente nessas áreas.
Tenho clientes em todos os continentes, praticamente. Na NTA, sou responsável pela estratégia, relacionamento dos nossos influenciadores (hoje são quase 50) com marcas de lifestyle e também acompanho de perto o gerenciamento dos canais de mídias de algumas pessoas com quem trabalhamos.
Além de tudo isso, nesta temporada, sou editor do Instagram do FFW, fazendo toda a produção e curadoria de conteúdo sobre a Semana de Moda em São Paulo.
Como escolheu essa carreira?
É super clichê dizer isso, mas na real, foi a carreira quem me escolheu. Tudo foi acontecendo por acaso, mas o impulso principal aconteceu quando a MTV Brasil descobriu um blog que eu tinha e me chamou pra fazer parte da equipe de blogs dentro do site da emissora. A partir daí, as coisas começaram a acontecer muito rápido.
Qual a sua formação e quais cursos/trabalhos considerou essenciais para a carreira?
Sou formado em turismo, mas nunca atuei na área. Acreditava que estudando o assunto, viajaria o mundo inteiro. Mero engano! A partir daí, passei a estudar fashion business, jornalismo de moda, styling e várias outras coisas ligadas ao mundo fashion. Hoje, estudo Social Sciences no ensino à distância da Harvard. Esse curso tem aberto muito a minha mente e me ajudado em várias questões que envolvem diretamente o meu trabalho com os clientes que atendo atualmente.
Quais dicas daria para quem quer começar a trabalhar na área?
Busque conhecimento sempre! Ter estudado e feito tantas coisas diferentes fizeram muita diferença no meu dia a dia, e hoje eu só consigo agradecer por ter demorado um pouquinho a mais para decidir o que eu queria fazer. Acredito que todo mundo tenha tido um momento da vida com essa dúvida.
Para mim, esse momento durou mais ou menos três anos depois que eu terminei o ensino médio e foi o tempo de eu me aventurar em tantas coisas legais.
Quais os maiores desafios da sua área hoje e como você acha que está o mercado?
Eu sinto o mercado muito saturado. Existem muitas pessoas fazendo a mesma coisa da mesma forma. Desde que eu abri a agência com meu sócio, Ruan Oliveira, o meu lema tem sido “mudar o máximo de vidas que eu conseguir em 10 anos”. Isso tem se aplicado muito nos nossos métodos de trabalhar e de se comunicar com todos à nossa volta.
O nosso trabalho é muito humanizado e isso está faltando no mercado hoje. Tudo ficou tão automatizado e robotizado, que tanto as marcas quanto as agências passaram a enxergar as pessoas apenas como uma @.
Você tem algum ídolo? Alguém que te inspire?
Todas as pessoas que não tiveram medo de sair da zona de conforto me inspiram muito. Nos últimos dois anos, tenho viajado bastante e conhecido pessoas e histórias de superação e dedicação. Dentro da minha casa, também tenho dois exemplos muito grandes de persistência e trabalho duro, meus pais.
Quais seus livros favoritos?
Um livro que me tocou muito foi o Capão Pecado, do Ferréz. Ele retrata a realidade do Capão Redondo (São Paulo). A obra gira em torno da vida de um jovem chamado Rael, que ao longo da narrativa passa por situações difíceis, porém presentes no cotidiano das periferias paulistas.
Quais sites lê todos os dias?
Eu acesso muito o FFW, onde me atualizo sobre os desfiles e novidades da moda nacional. Para ficar ligado no universo sneakerhead e saber sobre os lançamentos de streetwear, Hypebeast e Highsnobiety.
Instagrams favoritos?
NTA. Eu amo a composição do feed e como as histórias são contadas. Também acompanho o VisteLaCalle, Hypebeast e o FFW, claro.
O que você assiste no YouTube?
Gosto muitos dos vlogs da Dani Noce com o Paulo Cuenca. O André Pilli também produz um conteúdo legal e com uma qualidade absurda. Fora isso, acabo acompanhando vlogs de rotina de brasileiros fora do Brasil e reality shows aéreos como Aeroporto São Paulo e Área Restrita.
O que escuta no Spotify?
Devido ao meu envolvimento profissional com a música, tenho ouvido muita coisa nacional, principalmente pop e rap. As do momento são Tubaína – Reah; Bixinho – Duda Beat; Se avexe não – Tassia Reis; Luedji Luna – Um corpo no mundo; e Baco Exu do Blues – Te amo desgraça.