Iniciativas estimulam a entrada da mulher no mercado tecnológico
Segundo a ONU Mulheres, apenas 25% da força de trabalho na área é composta por elas
atualizado
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A ONU Mulheres, em 2017, emitiu um alerta global. Segundo a instituição, as mulheres estão fora dos principais postos profissionais gerados pela revolução digital. Elas têm somente 18% dos títulos de graduação em Ciências da Computação e são, atualmente, apenas 25% da força de trabalho da indústria digital. Por que? Educação de base e familiar, que não incentivam as meninas a seguirem carreiras tech, e machismo e assédio nas cadeias de formação e de trabalho, entre outras. Tais ações reforçam o clichê de que as áreas de exatas são masculinas.
Porém, eis um dado encorajador: o site Code.org, referência no setor, estimou: empregos na área de computação irão mais do que dobrar até 2020, alcançando 1,4 milhão de vagas, e não há profissionais qualificados para suprir toda a demanda. Apenas 400 mil vagas, segundo as estimativas, serão preenchidas. Ou seja, para a mulherada que nunca foi encorajada e está buscando uma carreira irada, há boas perspectivas.
E por que é tão importante essa inclusão nas profissões ligadas à tecnologia? São os cargos mais bem pagos e com menos representatividade feminina. Uma ruptura de um ciclo o qual pode beneficiar não este setor especificamente, mas toda uma cultura de dependência da mulher.
Uma galera já se atentou para esses números, arregaçou as mangas e decidiu fazer diferente. Programas e instituições com o intuito de unir, formar e informar meninas e mulheres que querem começar na área ou já estão lá. Cases incríveis para acompanhar e participar. Saiba mais sobre eles:
Made with Code
Programa criado pelo Google para incentivar meninas a se encantarem pelo mundo da codificação. A iniciativa promove geração de conteúdo, cursos, eventos e apoio a inúmeras instituições de educação e tem como objetivo mostrar que os códigos estão em todo o lugar e trabalhar com tech também é divertido e cool.
Quem diria que a angel da Victoria’s Secret Karlie Kloss encontraria a sua missão de vida no empoderamento feminino? Ela criou a Kode with Klossy, um programa de educação e bolsas de estudo para meninas se inserirem no mercado da tecnologia, em 2015. Além de acompanhar a iniciativa pelo site, você pode assistir a rotina de trabalho da Karlie pelo YouTube.
Progamaria
Que orgulho! Made in Brazil e com o power slogan “Aprenda a programar e transforme o mundo”. O grupo é formado por designers e jornalistas que queriam aprender a codificar e resolveram se juntar para trocar experiências e descobriram um mundo novo. Os objetivos do Programaria são:
– Contribuir para que mais meninas e mulheres sintam-se motivadas e confiantes a explorar os campos da tecnologia, da programação e do empreendedorismo;
– Incentivar o debate sobre a falta de mulheres nesses campos;
– Promover oportunidades e ferramentas para que elas deem os primeiros passos na aprendizagem da programação.
Tudo isso por meio de entrevistas, reportagens, tutoriais e outros conteúdos que inspiram todas e todos a reverter o quadro atual.
O Codamos é uma vitrine de eventos, cursos, workshops e palestras na área de código. O propósito é diminuir a distância entre quem organiza e quem quer participar das iniciativas. O empreendimento destaca alguns grupos e comunidades e prezam pela inclusão, diversidade e acessibilidade. Alguns desses núcleos são liderados e têm incentivo para mulheres, pessoas trans e para a comunidade LGBT.