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Empresário do Tropkillaz fala sobre a profissão e mercado musical

Apesar de querer ser rockstar, Rogério Rodrigues se encontrou nos bastidores da fama

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Rogério Rodrigues é empresário da dupla Tropkillaz e se se você ainda não ouviu falar deles, com certeza já escutou Vai Malandra, da Anitta: a música é produção dos músicos brasileiros. A lista de hits, aliás, é grande — enquanto lê a matéria, corre lá no Spotify ou Youtube, digita Tropkillaz e você vai entender a dimensão do trabalho dos caras. O nosso entrevistado de hoje é quem faz tudo isso acontecer fora dos holofotes.

Rogério queria ser rockstar, mas se encontrou no backtstage da fama. Ele conversou com a gente sobre o quanto a lógica das mídias sociais afeta o mercado fonográfico. Além disso, compartilhou como foi o início da sua carreira e revelou inspirações na música, na leitura e na vida.

Como aconteceu a escolha dessa carreira?
Sempre quis ser artista/rockstar, mas percebi muito cedo que eu não tinha talento algum! Então decidi trabalhar por trás das cenas da indústria.

Qual a sua formação e quais cursos/trabalhos considerou essenciais?
Eu fiz um curso de três anos de Music Management em Buckinghamshire, entre Londres e Oxford. Apesar de ser bem detalhado e cobrir várias áreas, a indústria da música está constantemente mudando. Então, nada se compara a experiência que se ganha trabalhando.

Você poderia dar algumas dicas para quem quer começar a trabalhar na área?
Networking é o mais importante, e também estar preparado para não fazer muito dinheiro nos primeiros anos.

Quais os maiores desafios da sua área hoje e como você acha que está o mercado?
Algo que eu acho muito interessante no Brasil é a falta de valorização de seus artistas nacionais. Somos um país de mais de 200 milhões de habitantes, porém, não conseguimos produzir alguém com capacidade de lotar um estádio de futebol sozinho.

O Ed Sheeran, na Inglaterra, país de 50 milhões de habitantes, conseguiu esgotar, em três dias consecutivos, o Estádio Wembley (240 mil ingressos), com pouco mais de cinco anos de carreira. Todo ano temos algum artista gringo que vem ao Brasil e vende um número semelhante de ingressos. Nenhum brasileiro consegue atingir esses números.

Estamos, sem dúvida, vendo artistas nacionais cada vez mais atingindo números maiores on-line, tanto em número de seguidores e fãs quanto de streaming. Se vão conseguir traduzir em vendas de ingressos, já é outra história.

Confira agora um pingue-pongue com Rogério Rodrigues:

Um muso ou musa inspiradores?
Shep Gordon e Cara Lewis.

Sites que lê todos os dias?
BBC News e BBC Football.

Instagram e Snapchat favoritos?
MC Kauan e Complex.

O que você assiste no YouTube?
O canal do Kondzilla. Eu só uso YouTube para consumir música.

O que escuta no Spotify?
Playlists de soul, Motown, dancehall e grime.

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