Dicas para quem quer trabalhar com moda e mídias sociais
Em um jogo de perguntas e respostas conto como comecei minha carreira o que me inspira
atualizado
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Esta é uma série de matérias que gostaria de começar aqui na coluna. Um mood vocacional e sempre trazendo pessoas interessantes e atuantes no meio de trabalho da moda, varejo, marketing, entretenimento e tecnologia. Não só de #lookdodia vive o ser humano e é sempre bom poder contribuir com informação e não só com imagem.
As perguntas serão feitas pela galera do Instagram e as respostas serão direcionadas com tom de opinião, compartilhamento de experiências próprias e dicas, e nunca como verdade absoluta de um guru ou expert. A intenção é compartilhar histórias reais de pessoas reais.
1. Formação e marketing
Cursei Administração na UnB e apesar de o curso ser muito abrangente eu sabia que queria trabalhar com gestão de moda. A minha conclusão de curso e experiência de trabalho são uma junção de varejo, inovação em serviços e marketing.
2. Trajetória e dicas de mercado
O meu caminho acadêmico foi na administração, o de trabalho no varejo e toda a experiência adquirida com comportamento do consumidor e operações de venda me empurraram para o marketing. Trabalhei inúmeras vezes como vendedora, fiz estágio na área financeira e só depois de muito experiência cheguei a coordenadora de estoque e buyer.
Hoje o marketing é uma ferramenta na solução de problemas no varejo e não o fim em si. Com certeza existem cursos de social marketing muito bons, mas, no meu caso, a experiência com clientes e venda foi o grande diferencial. Eu acho que não existe uma fórmula que vá funcionar para todo mundo, mas a minha foi essa:
- Começar a trabalhar cedo. Vale tudo: vendas, estágio,
- Ter mentores em sua área de trabalho. São aquelas pessoas que vão te ensinar, compartilhar informações valiosas e te dar boas recomendações no futuro.
- Entregar sempre 20% a mais do que lhe é demandado.
- Nunca criar desculpas, mas sempre trazer soluções. Um hábito que parece fácil, mas requer muito esforço.
- Estudar e ler sobre tudo, não só moda, mas também política, economia, tecnologia. Só ler “Vogue” e passar o dia todo no Snapchat vão te transformar em um alienado.
- Eu já estou no varejo há 10 anos, então trabalhem duro e tenham paciência.
3. Digital Influencer
Eu trabalho 90% do tempo no mundo real e o digital é apenas uma ferramenta. As marcas querem contar uma história e se conectar com quem se identifica com essa narrativa. O meu trabalho é criar esse encontro entre as duas pontas e não só uma via única da tal “influência”.
4. Panorama do mercado
Acho que hoje a categoria do Marketing está saturada e até mesmo um pouco sucateada. Montar um feed perfeito, fotografar looks e planejar festas são só a ponta do iceberg. O desafio é fazer o seu cliente ter resultado de venda todos os dias.
O glamour do marketing de mídias sociais tem atraído muita gente para a categoria, mas quantos conseguem segurar fazer uma marca crescer 30% em um ano de crise? Calcular giro e cobertura de estoque para planejar as ações de marketing? Trabalhar com orçamento zero para geração de conteúdo? O mercado sempre terá espaço para quem apresenta soluções e resultado, mas para isso o foco tem que estar voltado para o operacional e não só para a estética. Este é o grande desafio.
5. Referências
A lista de inspirações é grande! Vou listar algumas e depois escrevo uma matéria com mais dicas específicas.
- Instagram: @majawyh, @carmengracehamilton, @gildaambrosio.
- Empreendedores: minha grande musa é Maureen Chiquet. Luiza Trajano do Magazine Luiza, Karl Lagerfeld, Yves Saint Laurent, bem eclética né? Aqui no Brasil eu sou muito fã do trabalho da minha amiga Cami Castanho na Hype011.
- Sites: https://www.businessoffashion.com/
http://hbrbr.uol.com.br/
http://www.inc.com/
https://www.fastcompany.com/ - Dois livros que li recentemente: “Originals: How Non-Conformists Move the World” de Adam Grant e “O Gênio da Zara – A História de Amâncio Ortega, o Ícone da Fast Fashion” de Covadonga O`shea.