Conheça novas tecnologias que vão modificar a maneira como compramos
As lojas físicas não devem desaparecer, mas o formato passará por mudanças para se adaptar ao “novo consumidor”
atualizado
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Quem acompanha as notícias e as plataformas relacionadas a varejo, marketing e moda já deve ter esbarrado em uma manchete um tanto alarmista: “o fim dos shopping centers”.
Explico: nos últimos anos, com o fortalecimento das mídias sociais e a popularização dos smartphones, o comércio on-line passou de solução complementar de vendas a canal principal. Com isso – e mais alguns fatores, como menores custos operacionais, aumento da insegurança nos centros urbanos e crises econômicas –, as lojas físicas têm vivido dias de crise.
Para entrar no clima desse assunto, quero indicar um vídeo. Neste TED Talk, o professor americano Raymond R. Burke explica como o comportamento do consumidor dentro de uma loja é medido e estudado. Bom conteúdo para quem quer entender o futuro do varejo.
Um segundo vídeo muito interessante é este do Alibaba. De acordo com a consultoria em informações financeiras Economatica, o gigante das vendas on-line é a sétima marca mais valiosa do mundo num ranking divulgado em abril de 2018. O conteúdo apresenta os investimentos que estão sendo feitos em inovações no ponto de venda e o quanto o grupo ainda acredita no modelo de varejo tradicional.
Ao ler sobre o tema, entendo que o ponto de venda não vai morrer, mas mudar de formato. Hoje, o consumidor compra mais por estímulos ligados a lifestyle e experiência do que por necessidade. Ele se acostumou a esse modelo graças às mídias sociais e ao marketing de influenciadores. As pessoas se acostumaram também com essa noção de tempo, produtividade, e não querem mais enfrentar longas filas. Esses são só alguns exemplos de aspectos relacionados às lojas físicas que estão sendo modificados.
Confira algumas soluções sendo criadas para que as lojas de rua e shoppings sejam mais atrativas e não desapareçam.
1– Auto Checkout
Tema polêmico, o Auto Checkout visa minimizar o contato humano no ponto de venda. O objetivo é evitar filas e desconfortos entre atendentes e clientes, e de quebra diminuir custos operacionais. Controverso ou não, é o modelo mais adotado por farmácias e supermercados mundo afora.
A gigante das vendas on-line Amazon acredita tanto no ponto de venda que criou o seu próprio. Nem caixa existe mais no Amazon Go. Você entra, ativa o app, pega o que quiser e sai. Sensores localizados nas saídas vão escanear o que está na sua sacola, e a fatura irá diretamente para o cartão de crédito.
2– Beacon
Ao entrar numa loja, o sensor Beacon (criado com o objetivo de atingir o consumidor com extrema precisão) prontamente identifica o cliente pelo Bluetooth do celular. À medida que você caminha pelo ambiente, ele registra suas preferências de produto e gera um banco de dados sobre seu comportamento. Se você está na sessão de iogurtes e ele já tem conhecimento que você é intolerante à lactose, um alerta será enviado, avisando sobre promoções para quem tem tal condição. Assistam ao vídeo abaixo para ver esse dispositivo em ação.
3– Pagamentos digitais
É notável a diminuição de trocas comerciais em espécie. Passamos tudo no cartão. Se a plaquinha de plástico já é uma conveniência, o varejo quer criar mais facilidade ainda com devices como Google Pay e Apple Pay, onde o cartão é digital. Na China, já é possível pagar com o WeChat, app equivalente ao nosso WhatsApp.
4– Realidade aumentada
Último ponto de discussão e o mais divertido: realidade aumentada, no celular e nos pontos de venda. Essa tecnologia permite que o mundo virtual seja mesclado com o real e se tornou possível graças à evolução do código de barra para o código binário, o QR Code. O varejo tem utilizado esse recurso para aprimorar a experiência de compra, deixando-a mais funcional.
Abaixo, veja algumas aplicações interessantes:
Vyking: a primeira plataforma de publicidade com realidade aumentada lançou nesta semana a novidade que vai nos permitir experimentar tênis com a tecnologia.
Ikea: a marca traz em seu app a possibilidade de testar móveis e objetos de decoração na casa do usuário.
Sephora: você experimenta a maquiagem virtual através do celular e já recebe a lista de produtos que testou.
Warby Parker: a ótica pioneira no uso desse recurso possibilita que a pessoa teste milhares de óculos pela tela do celular até decidir qual é a melhor opção.