Zambelli é atacada nas redes por não pedir impeachment de Moraes
Parlamentares da oposição já começaram a colher assinaturas pelo impeachment. Zambelli disse que “novos soldados” devem estar à frente
atualizado
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São Paulo — A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) está sendo atacada nas redes sociais por não ter assinado o “superpedido” de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que está sendo organizado por parlamentares de oposição ao governo.
Na terça-feira (19/8), Zambelli explicou, em um post no X (antigo Twitter), que foi orientada por seu advogado a não assinar o pedido . “Agora é momento de novos soldados, sem ferimentos, assumirem a dianteira dessa batalha”, escreveu (veja abaixo).
Sobre o pedido de impeachment, meu advogado me proibiu de assinar por conta dos 8 processos criminais que AM abriu conta mim no STF.
Agora é momento de novos soldados, sem ferimentos, assumirem a dianteira dessa batalha, pois estou nesta pauta desde 2015 e preciso dar 2 passos…
— Carla Zambelli (@Zambelli2210) August 19, 2024
Nas redes, seguidores — e ex-seguidores — da deputada não perdoaram. “Não assinou… ainda tá pedindo apoio. Não confio em mais nada que vem de vc. Infelizmente”, escreveu um usuário do Instagram em um post de Zambelli desta quarta-feira (21/8).
” Vc não assinou impeachment de Moraes? Tá brincando, só ferra com o capitão. Vamos fazer um boicote em vc”, postou outro. “Eu tô deixando de seguir ela. Fui”, escreveu uma terceira.
Pedido de impeachment
Parlamentares da oposição anunciaram, na semana passada, que estão preparando um “superpedido” de impeachment de Moraes. As assinaturas já começaram a ser coletadas.
O plano da oposição é protocolar o pedido de afastamento, no Senado Federal, no dia 9 de setembro. Nesse meio tempo, essa ala do Congresso tentará mobilizar até juristas contra o magistrado do STF para intensificar a campanha.
Apesar disso, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não deve apoiar o eventual pedido. Mesmo que haja um grande número de assinaturas favoráveis à abertura do processo, a tendência é que Pacheco mantenha os pedidos parados até o final de seu mandato à frente da casa, em fevereiro de 2025.