Weintraub faltou 218 vezes ao trabalho em universidade sem justificar
Ex-ministro da Educação foi demitido da Unifesp por determinação da CGU; ele ocupava cargo de professor do Magistério Superior
atualizado
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São Paulo — O processo administrativo disciplinar aberto pela Controladoria-Geral da União (CGU) contra o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub apontou que ele teve 218 faltas injustificadas ao serviço na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) entre 2022 e 2023. O ex-ministro ocupava o cargo de professor do Magistério Superior.
Portaria com a demissão de Weintraub foi publicada nesta quarta-feira (7/2) no Diário Oficial da União (DOU) . De acordo com a CGU, a penalidade está prevista em lei federal que dispõe sobre os servidores civis da União — inclusive de fundações públicas federais.
A CGU informa, ainda, que o processo administrativo garantiu o direito à ampla defesa e ao contraditório. Procurado pelo Metrópoles, Weintraub disse que vai se manifestar sobre o caso em live nesta quarta-feira no YouTube, às 20h. A live recebeu o nome “CGU do Lula: Fui demitido (da universidade) e fiquei inelegível”.
As 218 faltas injustificadas aconteceram entre outubro de 2022 e setembro de 2023, segundo o processo disciplinar. Na época, o ex-ministro deveria cumprir carga horária de 40 horas semanais.
Além da demissão, a CGU determinou que Weintraub fique inelegível pelo prazo de oito anos.
Em nota ao Metrópoles, a Unifesp informou que todo o procedimento e as medidas tomadas seguiram os ritos previstos.
“Desde o recebimento da denúncia inicial via Ouvidoria, em 13 de abril de 2023, a universidade adotou todas as diligências cabíveis para apurar os fatos e colher os documentos necessários e instaurou um processo administrativo disciplinar (PAD), cuja apuração ocorreu sob sigilo”, diz a nota da instituição.
A Unifesp informou que o caso foi encaminhado à CGU ainda em 2023 e, ao final do processo administrativo, foi aplicada a penalidade de demissão a Weintraub. A instituição reiterou seu “compromisso com o interesse público e a transparência”.