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Wajngarten usa apagão para atacar privatização da Sabesp, de Tarcísio

Um dos aliados mais próximos de Jair Bolsonaro, Fabio Wajngarten usou a rede X para criticar falta de energia e questionou privatização

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Advogado Fábio Wajngarten durante entrevista coletiva na sede do PL - Metrópoles
1 de 1 Advogado Fábio Wajngarten durante entrevista coletiva na sede do PL - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

São Paulo – Um dos aliados mais próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e cotado para o cargo de vice-prefeito da capital na chapa de Ricardo Nunes (MDB), o advogado Fabio Wajngarten usou a atual crise de falta de energia em São Paulo para fazer um ataque indireto à proposta do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), afilhado político de Bolsonaro, de privatização da Sabesp, empresa de água de São Paulo.

Em sua conta no X (ex-Twitter), o ex-secretário de Comunicação da Presidência, que tem grande interlocução com a bancada bolsonarista na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), afirmou que “em teoria, a privatização é maravilhosa”, mas que, “enquanto no país tudo se resumir a medidas de curto prazo, pra gerar caixa pra frutos emergenciais ao custo de entregar o país”, o Brasil “vai seguir sendo uma colônia”.

“Se com energia elétrica o transtorno é enorme, imaginem se a companhia de água cair nas mãos de grupos tão incompetentes quanto os de energia…”, escreveu Wajngarten.

Imagem colorida traz reprodução de postagem de Fabio Wajngarten na rede X, ex-Twitter - Metrópoles
Reprodução da postagem de Wajngarten no X

Tarcísio enviou no mês passado um projeto de lei à Alesp que autoriza o governo a vender suas ações da Sabesp. O Estado detém pouco mais de 50% das ações da empresa. A justificativa para a privatização, uma de suas promessas de campanha, era gerar recursos para antecipar investimentos para alcançar a distribuição de água e coleta de esgoto para 100% da população.

A energia de São Paulo foi privatizada em 1998 e, desde então, o controle do serviço já passou pelas mãos de uma empresa dos Estados Unidos, a AES, antes do atual controle pela Enel, da Itália.

A iluminação pública do Estado teve início pelas mãos da Light, empresa privada do Canadá, no início do século. Durante a ditadura militar, o serviço foi estatizado, com a criação da Eletropaulo em 1981, no governo de Paulo Maluf. Em 1998, o governador Mário Covas (morto em 2001), vendeu a empresa para a AES. Em 2018, a Enel adquiriu as ações dos norte-americanos.

Na sexta-feira (3/11), uma chuva de fim de tarde atingiu a região metropolitana com rajadas de vento de até 100 km/h, segundo a Prefeitura, o que ocasionou queda de 160 árvores, danificando a rede de distribuição de energia.

A empresa italiana afirmou que, em alguns lugares, a rede precisará ser reconstruída e que, por isso, alguns dos bairros mais populosos da cidade, como Capão Redondo, na zona sul, e Itaquera, na zona leste, têm falta de energia.

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