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“Votei pela demissão”, diz Nico sobre irmão expulso da Polícia Civil

Reunião de Conselho da Polícia Civil considerou que Alex Gonçalves deveria ser demitido, mas recurso da defesa conseguiu anular votação

atualizado

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Reprodução/TV Gazeta
foto colorida do delegado da Polícia Civil de SP Osvaldo Nico Gonçalves - Metrópoles
1 de 1 foto colorida do delegado da Polícia Civil de SP Osvaldo Nico Gonçalves - Metrópoles - Foto: Reprodução/TV Gazeta

São Paulo — O delegado e atual secretário-executivo de Segurança Pública de São Paulo, Osvaldo Nico Gonçalves, afirmou ao Metrópoles que votou pela demissão do próprio irmão, Alex César Gonçalves, em reunião do Conselho da Polícia Civil realizado em julho de 2021, após o ex-agente ser condenado por peculato digital.

Na ocasião, o Conselho definiu o desligamento do ex-agente Alex. A decisão, contudo, foi anulada pelo secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, nessa terça-feira (14/5), sob o argumento de que Nico, então membro do Conselho, estaria impedido de votar justamente por ser irmão de Alex.

O crime pelo qual o ex-agente foi condenado foi praticado pelo menos 17 vezes e consistia em “esquentar” veículos roubados e furtados no período em que trabalhou na Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) da Praia Grande, litoral paulista, entre junho de 2013 e abril de 2014.

De acordo com a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP), Alex inseria dados falsos no sistema informatizado e no banco de dados da Ciretran, “com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem”.

O ex-agente acabou condenado, em 22 de fevereiro de 2021, a 2 anos e 8 meses de reclusão pelo crime de “peculato digital”. Na época, a Justiça determinou que a pena fosse cumprida em liberdade, com restrição de direitos.

“Não tenho nada com isso”

A reunião do Conselho da Polícia Civil que resultou na expulsão de Alex ocorreu meses depois, em julho. “Eu pedi pela demissão dele”, disse Nico, descartando qualquer ligação com os crimes cometidos pelo irmão. “Não tenho nada a ver com isso. Cada um responde por seus atos.”

Embora a decisão do Conselho seja de 2021, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) só formalizou sua saída em 12 de julho de 2023. Segundo a pasta, Derrite se baseou na análise e votação ocorrida na reunião do Conselho ao assinar a demissão de Alex.

Recurso da defesa

Depois disso, segundo a SSP, o advogado do ex-agente entrou com um recurso pedindo que a votação do Conselho fosse anulada, já que Nico, seu irmão, participou do ato e votou a favor da demissão. Por conta do recurso, e após análise do corpo jurídico, Derrite decidiu tornar nulo, esta semana, o resultado da votação.

A pasta informou, ainda, que Alex permanecerá respondendo a processo administrativo até que uma nova votação seja realizada. A SSP disse que, durante esse período, “ele será realocado na Polícia Civil”.

Nico, contudo, nega que o irmão voltará aos quadros da corporação. “Ele não vai retornar ao trabalho”, afirmou. “Tem uma ordem judicial, ele perdeu o cargo já.”

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