VoePass conclui retirada de destroços de avião que caiu em Vinhedo
Os destroços foram levados pela VoePass para a sede da empresa em Ribeirão Preto junto com todas as bagagens para limpeza e separação
atualizado
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São Paulo – Os destroços do avião ATR 72-500, que caiu em um condomínio de casas em Vinhedo (SP), foram totalmente retirados pela VoePass no sábado (17/8). Os destroços foram levados pela companhia aérea para a sede da empresa em Ribeirão Preto, interior de São Paulo.
A companhia aérea disse neste domingo (18/8) que todas as bagagens foram recolhidas e estão em processo de limpeza e separação, também em Ribeirão Preto. Os demais pertences estão sendo retirados do quintal da casa onde o avião caiu. A VoePass disse, ainda, que se responsabilizará pelos prejuízos do morador do imóvel atingido pelo acidente — que teve danos no telhado, no muro e chegou a ficar interditado.
Os motores aeronave foram recolhidos no domingo (11/8) pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira(FAB), e levados ao Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV), na zona norte da capital paulista. Segundo o Cenipa, o conteúdo das caixas-pretas de dados e voz do avião foram extraídos e um relatório preliminar deverá ser divulgado em até 30 dias após a queda. O acidente aconteceu no dia 9 de agosto e as 62 pessoas a bordo da aeronave morreram na colisão.
PF também investiga
A equipe da Polícia Federal (PF) designada para investigar o acidente aéreo aguarda laudos do Instituto Nacional de Criminalística (INC) e da FAB para descobrir a causa da tragédia e indiciar eventuais responsáveis.
Pessoas ligadas à investigação, ouvidas pelo Metrópoles, afirmam que ainda é prematuro falar em suspeitos, mas não estão descartadas as hipóteses de crime culposo, por negligência ou imprudência, e até crime doloso com dolo eventual, quando se assume o risco de cometê-lo, mesmo que não tenha tido a intenção.
A PF vai analisar se a aeronave ATR 72 da VoePass, prefixo PS-VPB, estava com manutenção em dia e se todos os equipamentos necessários para o voo estavam funcionando. Ex-funcionários da companhia aérea já relataram uma série de problemas em aeronaves da empresa, como o improviso de um palito de fósforo para resolver um problema no botão que aciona o sistema antigelo.
O Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo concluiu na sexta-feira (16/8) a liberação dos 62 corpos das vítimas. A identificação de todas as vítimas havia sido finalizada na quinta-feira (15/8). Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), cerca de 40 profissionais, entre médicos e equipes de odontologia legal, antropologia e radiologia trabalharam na ação com apoio de equipes do Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt.
Durante a força-tarefa, os profissionais contaram com documentações médicas, além da coleta de materiais biológicos das famílias para realizar exames genéticos.