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Vítima de empresário do Porsche morreu 1h depois por perda de sangue

O motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana morreu após acidente causado pelo empresário Fernando Sastre Filho, que dirigia um Porsche

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Homem branco com cabelos grisalhos curtos veste óculos de sol. Ele está com cinto de segurança, dentro de veículo de entrega.
1 de 1 Homem branco com cabelos grisalhos curtos veste óculos de sol. Ele está com cinto de segurança, dentro de veículo de entrega. - Foto: Reprodução/Redes Sociais

São Paulo – O motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, que dirigia um Renault Sandero e foi vítima de uma colisão provocada pelo empresário Fernando Sastre Filho, 24, a bordo de um Porsche, demorou uma hora para chegar ao hospital e morreu de “choque hipovolêmico”, condição causada por falta de sangue.

A informação consta em documentos médicos e na guia de encaminhamento de cadáver para o Instituto Médico Legal (IML), emitida pelo Hospital Municipal Dr. Cármino Caricchio, o Hospital Tatuapé, na zona leste da capital paulista, obtidos pelo Metrópoles.

Segundo o boletim de ocorrência, a batida aconteceu às 2h25, na Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, também na zona leste, na madrugada de domingo (31/3). Socorrido por testemunhas do acidente, que chamaram o Samu e realizaram os primeiros procedimentos.

Os socorristas chegaram às 3h02 e, como encontraram Ornaldo com quadro de parada cardiorrespiratória, já iniciaram os procedimentos médicos. Ainda com vida, o paciente deu entrada no hospital, que fica a cerca de 3 quilômetros do local do acidente, às 3h25. A morte do motorista foi constatada às 3h32, sete minutos depois.

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Fernando Sastre de Andrade Filho, acusado de homicídio após provocar um acidente com seu Porsche em alta velocidade
Fernando Sastre de Andrade Filho, acusado de homicídio após provocar um acidente com seu Porsche em alta velocidade
Empresário Fernando Sastre de Andrade Filho sai do 30º DP pela porta da frente
Acompanhado da mãe, Fernando Sastre de Andrade Filho se apresentou à delegacia em 1º de abril de 2024
Fernando Sastre de Andrade Filho estava desaparecido
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Motorista do Porsche esteve na unidade policial para prestar depoimento

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Fernando Sastre de Andrade Filho, acusado de homicídio após provocar um acidente com seu Porsche em alta velocidade

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Fernando Sastre de Andrade Filho, acusado de homicídio após provocar um acidente com seu Porsche em alta velocidade

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Empresário Fernando Sastre de Andrade Filho sai do 30º DP pela porta da frente

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Acompanhado da mãe, Fernando Sastre de Andrade Filho se apresentou à delegacia em 1º de abril de 2024

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Fernando Sastre de Andrade Filho estava desaparecido

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Dianteira de carro de luxo ficou completamente destruída

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Asfalto ficou com marcas de pneus após acidente, ocorrido em alta velocidade

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Carro da vítima teve a traseira destruída

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Motorista do Renault Sandero morreu durante atendimento hospitalar

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Causa da morte

O choque hipovolêmico é uma situação de emergência, provocada pela grande perda de sangue e líquidos. Nessa circunstância, o coração deixa de bombear sangue para o corpo, comprometendo diversos órgãos e causando a morte da vítima.

Segundo o documento médico, além da parada cardiorrespiratória, Ornaldo apresentava fratura, escoriações, midríase (pupila dilatada) e sangramento em cavidade oral. O diagnóstico inicial era de traumatismos múltiplos.

Ao todo, as equipes médicas fizeram 10 ciclos de RCP – manobras realizadas para reverter o quadro de parada, sem sucesso.

À polícia, testemunhas do acidente relataram que o motorista de aplicativo apresentava sangramento pela boca e, aparentemente engasgado, tinha dificuldade para respirar.

Homicídio

Segundo a investigação, o empresário Fernando Filho dirigia em alta velocidade seu Porsche, avaliado em mais de R$ 1 milhão, tentou fazer uma ultrapassagem e acabou batendo na traseira do veículo conduzido por Ornaldo. A colisão foi flagrada por câmera de segurança.

O empresário, que é acusado por testemunhas de não ter ajudado no resgate da vítima, alega ter “apagado” após a batida. Ele fugiu do local depois, sem realizar o teste do bafômetro, com ajuda da mãe.

A Polícia Civil indiciou o empresário por homicídio com dolo eventual, lesão corporal e fuga do local do acidente. A Justiça paulista, no entanto, negou o pedido de prisão temporária.

Em depoimento, Fernando Filho afirmou que retornava de uma casa de pôquer, não ingeriu bebida alcoólica e admitiu estar “pouco acima” da velocidade permitida na via, de até 50 km/h.

Essa versão também é contestada por testemunha ouvida na polícia que diz ter visto o empresário aparentando sinais de embriaguez, com a voz pastosa e cambaleando.

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