Vítima de acidente com Porsche era evangélico e voluntário na igreja
Carro de Ornaldo da Silva Viana foi atingido por Porsche em alta velocidade na zona leste de SP; vítima era motorista de aplicativo
atualizado
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São Paulo — O motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, estava sozinho quando o carro que dirigia, um Renault Sandero, foi atingido na traseira, por um Porshe em alta velocidade, na Avenida Salim Farah Maluf, na zona leste de São Paulo. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado para o Hospital Municipal do Tatuapé, onde morreu “devido a traumatismos múltiplos não especificados”, de acordo com os médicos que o atenderam.
Segundo testemunhas, eram cerca de 2h20 quando o motorista do carro de luxo, o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24, fez uma ultrapassagem, em velocidade acima da permitida na via, que é de 50 km/h. Por causa da alta velocidade, a traseira do veículo da vítima ficou completamente destruída (veja galeria abaixo).
O empresário sumiu após o acidente.
Ornaldo trabalhava como motorista de aplicativo havia quatro anos. Natural do estado do Maranhão, ele atualmente morava em Guarulhos, na Grande São Paulo.
O Metrópoles apurou que Ornaldo era casado e deixa três filhos.
Em homenagem publicada por um amigo em uma rede social, Ornaldo aparece rezando e também participando como voluntário em um “ponto de oração”, ação de evangelização da Igreja Universal.
Mãe ajudou filho
As circunstâncias do acidente são investigadas pela Polícia Civil.
A mãe do motorista do Porsche, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, de 45, foi até o local do acidente e teria afirmado à PM que iria levar o filho ao Hospital São Luiz Ibirapuera, “devido ao leve ferimento” sofrido por ele na boca.
Os policiais militares foram à unidade de saúde indicada pela mulher, com o intuito de realizar o teste do bafômetro. Na recepção, porém, foram informados de que Fernando não havia dado entrada em “qualquer hospital” da rede São Luiz.
O empresário, a mãe e o advogado dele foram procurados pelos policiais, via telefone, mas, segundo registros oficiais, “as ligações não foram atendidas”.
Da mesma forma que a polícia, o Metrópoles não conseguiu entrar em contato com o suspeito ou a sua defesa. O espaço segue aberto para manifestações.
O passageiro que estava com o empresário, identificado como Marcus Vinícius, foi levado para outro hospital, também no Tatuapé. Ele seguia internado, até a publicação desta reportagem. Seu estado de saúde não foi informado.
O caso foi registrado como homicídio culposo (sem intenção de matar), lesão corporal e fuga de local de acidente.