Violência no Guarujá: cinco são presos após morte de policial da Rota
Policial da Rota foi assassinado na quinta-feira durante patrulhamento em comunidade do Guarujá; desde então, três pessoas foram mortas
atualizado
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São Paulo – Cinco pessoas foram presas pelas forças de segurança de São Paulo por suspeita de envolvimento no assassinato do policial da Rota Patrick Bastos Reis, de 30 anos, ocorrido na última quinta-feira (27/7), no Guarujá, na Baixada Santista. Além disso, três pessoas foram mortas após supostamente reagirem a abordagens policiais.
A intervenção policial está sendo realizada no Guarujá por meio da Operação Escudo. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), foram presos quatro homens, com idades entre 22 e 33 anos, e uma mulher de 27 anos.
Os suspeitos foram levados à Delegacia do Guarujá, onde o caso foi registrado como homicídio, tentativa de homicídio e associação ao tráfico de drogas.
A SSP informou que, além das prisões, os policiais apreenderam cocaína e materiais utilizados para preparo e comercialização da droga. Dois celulares e um radiotransmissor também foram recolhidos.
Em relação aos mortos na Operação Escudo, a SSP disse que os três homens reagiram às abordagens em diferentes locais: Rua Albino Marquês Nabeto, no Parque Estuário; Rua Mário Malheiros, na Vila Baiana; e Rua das Figueiras, no bairro Pae Cará.
A morte do PM
O soldado das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Patrick Bastos Reis, de 30 anos, foi baleado durante patrulhamento na comunidade Vila Zilda. Atingido, no tórax, ele não resistiu. Já o cabo Fabiano Oliveira Marin Alfaya foi ferido na mão. Os tiros foram disparados a até 70 metros de distância, segundo a SSP.
“Importante dizer que foi um projétil disparado por 50 e até 70 metros de distância. Disparado por um projétil calibre 9 mm. Provavelmente o mesmo disparo que acertou um policial. Entrou no ombro do soldado Reis e levou a óbito”, afirmou o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite.
Em reportagem publicada neste sábado pelo Metrópoles, moradores da Vila Zilda relataram o temor de que uma onda de violência atingisse o bairro, como represália pelo assassinato do soldado da Rota.
Uma mensagem enviada em grupo de moradores demonstrou o medo de retaliações. “Se liga aí que os caras [PMs] ‘vai’ começar a matar, hein […] Nós ‘têm’ que ficar alerta também. Às vezes, a gente tá saindo para trabalhar de madrugada, tromba com os caras [policiais] na rua, os caras não vão querer saber não, pai, vai querer sentar o dedo [atirar], entendeu?”
De acordo com a SSP, a Operação Escudo continua em andamento no Guarujá, intensificando a busca pelos suspeitos. O órgão não informou se a polícia já identificou o atirador que matou o soldado da Rota.