Violência contra mulheres: feminicídio e estupro voltam a subir em SP
Segundo dados da SSP, estado registrou 19 casos de feminicídio e 1,3 mil de estupro em agosto de 2023, o maior patamar da história
atualizado
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São Paulo – Acumulando recordes negativos, o cenário da violência contra as mulheres em São Paulo voltou a piorar. Segundo dados oficiais, divulgados pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) nesta segunda-feira (25/9), os casos de feminicídio e de estupro subiram em agosto em 2023 e estão no maior patamar da história.
As estatísticas da Secretaria da Segurança Pública (SSP) mostram que o estado de São Paulo registrou 19 feminicídios em agosto deste ano, ante 16 ocorrências no mesmo período de 2022. Com isso, o acumulado de 2023 já chega a 142 mulheres assassinadas – o que representa aumento de 28% em relação ao ano anterior.
Uma das vítimas é a médica Thallita da Cruz Fernandes, 28 anos, encontrada morta dentro de uma mala, em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, em 18 de agosto. Suspeito do crime, Davi Izaque Martins Silva, 26, que era namorado da vítima, foi preso temporariamente.
Segundo os indicadores, o interior paulista é a região que mais concentra ocorrências de feminicídio, com 12 registros no mês. Já a capital computou quatro assassinatos de mulheres. O aumento acontece após uma queda no indicador em julho.
Estupro
Com 1.306 boletins de ocorrência, o número de estupros em São Paulo subiu 10,6% em agosto. Em 2022, haviam sido 1.180 notificações.
Segundo as estatísticas, 80% dos estupros (1.049 casos) foram cometidos contra vítimas vulneráveis – ou seja, pessoas com até 14 anos ou incapazes de consentir.
Nesta segunda, o secretário Guilherme Derrite, da Segurança Pública, anunciou um edital para comprar novas tornozeleiras eletrônicas para monitorar acusados de praticar violência doméstica em todo o estado de São Paulo.
Iniciado recentemente na capital paulista, o programa deve ser expandido para as outras cidades até 2024.