Violência contra mulher: feminicídio recua e estupro aumenta em SP
Mesmo com a queda de casos de feminicídio observada em outubro, o estado de São Paulo se aproxima de bater recorde negativo em 2023
atualizado
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São Paulo – Após pioras consecutivas nos indicadores de violência doméstica, os casos de feminicídio caíram no estado de São Paulo no mês de outubro de 2023, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP). Em contrapartida, os registros de estupro mantiveram a tendência de alta e voltaram a subir.
As estatísticas oficiais, divulgadas pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) nesta segunda-feira (27/11), mostram que 15 mulheres foram assassinadas no mês passado no estado – o equivalente a uma ocorrência a cada dois dias. No mesmo período de 2022, haviam sido 21 feminicídios.
Uma das vítimas é a funcionária de posto de combustíveis Tallyta Costa, de 24 anos, assassinada com um tiro na cabeça em Carapicuíba, na Grande São Paulo. O ex-namorado e do seu filho fugiu após o crime.
No fim do mês, o corpo de Maria Carolina Almeida Vieira, 26 anos, também foi encontrado dentro de um bueiro em Santa Bárbara d’Oeste, no interior paulista. O companheiro dela foi preso pelo crime.
Violência contra mulheres
Apesar da recente melhora, o patamar de feminicídios registrados em 2023 permanece alto e caminha para bater recorde negativo no fim do ano.
Em dez meses, foram 181 casos registrados – número que já se aproxima dos 188 assassinatos de mulheres registrados em todo o ano de 2022, até o momento a pior marca de São Paulo.
Com 1.267 boletins de ocorrência, o número de estupros no estado subiu 6,5% em outubro. No mesmo mês de 2022, haviam sido 1.189 notificações. Este é o nono aumento em dez meses.
Segundo as estatísticas, 77% dos estupros (976 casos) foram cometidos contra vítimas vulneráveis – ou seja, pessoas com até 14 anos ou incapazes de consentir.