Vídeos: grupos ocupam prédios no centro de SP e são retirados pela PM
Movimento Frente de Luta por Moradia ocupou três prédios no centro de São Paulo. Famílias foram retiradas em seguida pela PM
atualizado
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São Paulo — Três prédios abandonados foram ocupados por integrantes do movimento Frente de Luta por Moradia (FLM) e desapropriados em seguida pela Polícia Militar na região central de São Paulo, na noite desse domingo (27/10).
O Batalhão de Choque foi acionado. O helicóptero Águia, também da PM, acompanhou a ocorrência. Imagens registraram a entrada dos militares nas ocupações.
Veja:
Um prédio na rua Major Quedinho, perto da avenida Nove de Julho foi ocupado por famílias da FLM. Segundo o advogado do movimento, Willian Fernandes, o imóvel está abandonado e acumula uma dívida milionária de IPTU.
De acordo com o boletim de ocorrência, 87 mulheres, 18 crianças e 23 homens estavam entre as pessoas que ocuparam o imóvel. Conforme Willian, muitos integrantes e líderes do FLM são mulheres. Além disso, havia muitos idosos entre os manifestantes.
Integrantes do movimento também ocuparam outros dois endereços, ambos na região central de São Paulo. Um deles está localizado na Rua São Bento, na Sé, e outro na Rua Santo Antônio, próximo à Câmara Municipal.
Todas as ocupações foram desapropriadas pela PM na noite de domingo (27/10). Segundo o advogado do FLM, 10 pessoas foram detidas, e apenas uma se manteve à disposição da Justiça, pois tinha um mandado de prisão expedido sem seu conhecimento.
“Nenhum deles ofereceu emprego de força”, garantiu a defesa.
Segundo a versão oficial da Polícia Militar, os integrantes do movimento se mantiveram irredutíveis. Além disso, eles instalaram uma barricada, o que exigiu uso da força para entrar no imóvel. No entanto, não foi necessário emprego de força física contra nenhum envolvido.
Tentativas de contato
O proprietário do edifício da Nove de Julho esteve presente na delegacia, após contato de uma pizzaria que fica no térreo do imóvel.
O Metrópoles tentou contatar o advogado do proprietário a partir das informações presentes no boletim de ocorrência, ao qual a reportagem teve acesso. O homem, no entanto, negou ter relação com o assunto.
A reportagem também contatou a coordenação do movimento, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. Nas redes sociais, a FLM rechaçou a ação da PM.