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Vídeo: votação de escolas cívico-militares tem confusão na Alesp

PM e manifestantes entraram em confronto na Alesp antes de votação das escolas cívico-militares; houve empurra-empurra e spray de pimenta

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Imagem colorida mostra policiais agarrando manifestante na Alesp durante votação de projeto de lei das escolas cívico-militares - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra policiais agarrando manifestante na Alesp durante votação de projeto de lei das escolas cívico-militares - Metrópoles - Foto: Divulgação

São Paulo – Um grupo de manifestantes entrou em conflito com a Polícia Militar na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), nesta terça-feira (21/5), durante a discussão para votar o projeto das escolas cívico-militares, enviado pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Ao menos três pessoas invadiram o plenário da Alesp no início da tarde, por volta das 16h, em protesto ao projeto. Os manifestantes foram retirados à força pela PM (vídeo abaixo).

Do lado de fora do plenário, na entrada reservada aos deputados, outros manifestantes, estudantes em sua maioria, entraram em confronto com os policiais. A PM soltou spray de pimenta sobre eles e montou barricadas para impedir novas tentativas de invasões.

O Metrópoles presenciou dois manifestantes sendo levados pela PM. Procurada, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) disse que sete pessoas foram detidas e encaminhadas ao 27º DP, no Campo Belo, na zona sul da capital paulista.

“A Polícia Militar acompanha uma manifestação que começou na tarde desta terça-feira (21), na Alesp, para garantir a segurança dos participantes do ato e de pessoas no plenário, em votação. Até o momento, sete manifestantes foram detidos após tentarem invadir o local. Imagens da ação são analisadas pela PM e a ocorrência será apresentada no 27º DP”, diz a SSP em nota.

Segundo a bancada do PT, houve feridos no confronto. Em nota, o partido lamentou o ocorrido e classificou o episódio como “violência policial”.

“A proposta do governo Tarcísio de militarização da educação, por meio da criação de escolas cívico-militares, expressa seu caráter autoritário já no seu próprio processo gestação. No lugar do debate, a manifestação de força e a eloquência dos cassetetes, predominaram, nesta terça-feira, 21/5. O que vimos foi a imposição muscular da ordem e da disciplina debaixo de pancadaria”, diz o texto.

Em nota, a Alesp disse que os manifestantes foram “apresentados à Polícia Civil”.

“Na tarde desta terça-feira (21/5), alguns manifestantes tentaram invadir o plenário Juscelino Kubitscheck da Assembleia Legislativa de São Paulo. Os invasores foram contidos pela Polícia Militar e apresentados à Polícia Civil”, diz o texto.

Na semana passada, a audiência pública sobre as escolas cívico-militares foi marcada por tensão entre manifestantes favoráveis e contrários ao projeto. A proposta deve ser votada ainda nesta terça-feira e precisa de um mínimo de 48 votos dos deputados.

O que diz o projeto

De acordo com o projeto, o programa de escolas cívico-militares poderá ser implantado na rede pública de ensino fundamental, médio ou educação profissional, tanto em unidades já construídas quanto em escolas novas. Além de escolas estaduais, colégios das redes municipais também podem optar por aderir ao programa.

O governo deverá fazer uma seleção dos colégios que podem passar pela mudança com base em quatro critérios. O primeiro deles é a aprovação da militarização entre os membros da comunidade escolar.

Segundo o projeto, uma consulta pública deve ser feita para avaliar se a população diretamente envolvida com a escola aprova a alteração.

Também serão considerados para a mudança os índices de vulnerabilidade social, frequência e rendimento escolar observados na escola.

A ideia é que o programa seja direcionado a escolas com índices de rendimento inferiores à média estadual. Como mostrou o Metrópoles, a gestão Tarcísio também mira implementar o projeto em escolas com casos de violência.

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