Vídeo: Taka Yamauchi é alvo de ataques racistas em debate de Diadema
Taka Yamauchi afirmou que vai processar Márcio da Farmácia e Gesiel Duarte após falas xenófobas durante debate em Diadema
atualizado
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São Paulo – Na última segunda-feira (16/9) um debate realizado entre os candidatos à Prefeitura de Diadema, na Grande São Paulo, foi marcado por ataques racistas contra o candidato Taka Yamauchi (MDB), que tem ascendência japonesa.
Durante o encontro promovido pela Rede Gospel, os candidatos Márcio da Farmácia (Podemos) e Gesiel Duarte (Republicanos) usaram expressões estereotipadas para se referir a Taka.
“O povo de Diadema sabe que esse ‘amarelo’ veio para desconstruir nossa cidade”, disse Marcio em uma das suas falas.
Já Gesiel, em determinado momento do programa, chegou a trocar a letra R pelo L, insinuando uma fala estereotipada de Taka. “Cuidado, esse folasteilo não tem galantia”, afirmou o candidato do Republicanos.
Após as falas, Taka conseguiu direito de resposta no debate e disse que lamentava “os ataques racistas e xenofóbicos” e ainda afirmou que “esse tipo de brincadeira não cabe em um debate tão sério”.
Nesta terça-feira (17/9), a equipe de Taka anunciou que vai processar os adversários por crime de racismo.
O último levantamento do Paraná Pesquisas para a Prefeitura de Diadema mostra Taka Yamauchi (MDB) tecnicamente empatado com o atual prefeito da cidade José de Filippi Jr. (PT).
Em nota enviada ao Metrópoles, a equipe de Márcio da Farmácia afirmou que a expressão “amarelo” usada pelo candidato não se referia a descendência japonesa de Taka e que ao trecho da fala divulgado foi fora de contexto. “As campanhas em Diadema estão sendo polarizadas entre o PT (que usa a identidade visual vermelha) e o Taka (que usa o padrão visual amarelo), e o Márcio que utiliza o padrão visual verde. E como estratégia, nós usamos a que o vermelho parou a cidade, o amarelo (não a raça e sim o time), pode ser um perigo e o verde é o único que pode seguir em frente”.
A reportagem também procurou a equipe de Gesiel Duarte, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto.