Vídeo: professora que gritou com aluna no interior de SP é afastada
Secretaria da Educação diz que abriu apuração para investigar o caso e que a professora foi afastada e poderá ter o contrato rescindido
atualizado
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São Paulo – Uma professora de uma escola estadual no município de Sales Oliveira, no interior de São Paulo, foi afastada da sala de aula depois de ser filmada gritando com uma estudante adolescente. O caso viralizou nas redes sociais.
O vídeo começa com a aluna sentada com a cabeça abaixada e o braço em cima da carteira. A professora está agachada em frente a ela e parece tentar falar com a menina.
A estudante, então, levanta a cabeça e o braço, e parece atingir a educadora com o movimento. A professora se afasta, arranca a carteira da aluna e começa a gritar com ela.
“Vai para a direção agora que eu vou fazer um boletim de ocorrência porque você tá me agredindo dentro da sala de aula!”, diz a professora. Do lado de fora da sala, vários alunos observam a cena parados em frente à porta.
Em entrevista à TV Globo, a mãe da menina, Edinalva Moreira Ferreira, diz que a estudante toma remédios controlados, sofre de depressão e faz acompanhamento médico. “Eles na escola sabem o relatório da minha menina”, afirmou Edinalva.
“Isso é um trauma que ela vai carregar, ela não quer mais ir pra escola, ela tem 13 anos, é uma adolescente, isso como mãe dói, porque a gente quer proteção, quer proteger o filho da gente”, diz a mãe.
As cenas repercutiram nas redes sociais. O apresentador de TV Marcos Mion, que tem um filho no espectro autista, comentou o caso e questionou a falta de preparo de educadores para lidar com crianças neurodivergentes.
“Isso me destrói. Não é possível. Até quando os profissionais que são obrigados a lidar com crianças com deficiência intelectual não serão qualificados?”, disse o apresentador.
Em nota, a Secretaria da Educação de São Paulo disse que repudia toda e qualquer forma de agressão dentro ou fora do ambiente escolar. A pasta afirma que, assim que soube do caso, entrou em contato com os responsáveis pela aluna e a professora foi afastada da sala de aula.
“Uma apuração foi aberta, sendo que, ao final processo, a docente poderá ter seu contrato rescindido”, diz a secretaria.
O caso foi registrado pela escola na Placon, plataforma do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar da rede estadual.