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Vídeo: policiais de tropa de elite brigam e acabam atacados por cães

Motivo para troca de socos e chutes teria sido uma discussão sobre escala de trabalho na Páscoa; caso ocorreu na base do GOE em São Bernardo

atualizado

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Imagem colorida com dois policiais brigando e cães correndo em direção aos brigões- Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida com dois policiais brigando e cães correndo em direção aos brigões- Metrópoles - Foto: Reprodução/Câmera de Monitoramento

São Paulo – Policiais do Grupo de Operações Especiais (GOE) de São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo, aparecem em um vídeo trocando socos e chutes, no pátio da unidade da tropa de elite da Polícia Civil, no último dia 21. Cães da divisão policial atacam os agentes assim que presenciam a violência (assista abaixo).

O motivo para a briga, segundo apurado pela reportagem, seria uma divergência decorrente da escala de trabalho dos policiais no feriado de Páscoa.

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Cães percebem violência e começam a se movimentar
Cachorros correm em direção aos policiais, que trocam socos
Cães se preparam para atacar
Policiais seguem com a briga, mesmo sendo mordidos pelos cães
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Policiais começam a se agredir

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Cães percebem violência e começam a se movimentar

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Cachorros correm em direção aos policiais, que trocam socos

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Cães se preparam para atacar

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Policiais seguem com a briga, mesmo sendo mordidos pelos cães

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O vídeo mostra, ainda, que um terceiro policial tenta apartar a dupla. Ele também é atacado pelos cachorros — que só se afastam no momento em que mais agentes aparecem e separam a briga. Os dois cães, da raça pastor-belga-malinois, ficam visivelmente confusos com a situação, de acordo com as imagens.

O Metrópoles procurou a Secretaria da Segurança Pública (SSP) para saber se algum policial ficou ferido por causa da briga e das mordidas dos cães. Também questionou quais medidas foram tomadas cem relação aos agentes que trocaram socos.

A pasta enviou uma nota, no fim da manhã desta quinta-feira (28/3), na qual afirma somente que “as circunstâncias dos fatos são devidamente investigadas pela 11ª Corregedoria Auxiliar”.

Vídeo

 

Fins trágicos

Discussões provocadas por causa da escala de trabalho tiveram desfechos trágicos em outras corporações da Segurança Pública paulista. O Metrópoles mostrou que, em menos de um ano, ao menos cinco agentes morreram por causa disso.

Em 5 de abril do ano passado, o sargento da PM Rulian Ricardo foi morto a tiros pelo capitão Francisco Laroca, seu superior hierárquico, e pelo cabo Fabiano Rizzo, motorista do oficial, na sede da 4ª Companhia do 46º Batalhão Metropolitano, na zona sul paulistana.

Segundo apurado pela reportagem na ocasião, os policiais do batalhão estariam sofrendo uma “punição velada” após envolverem 12 viaturas em colisões em um mês. Como forma de castigo, o comando teria impedido a troca de escala na tropa, gerando uma briga entre os policiais, que culminou com o assassinato de Rulian.

Tiros de fuzil

Pouco mais de um mês depois, um sargento matou com tiros de fuzil seu superior hierárquico, o capitão Josias Justi da Conceição Júnior, e o colega de farda Roberto Aparecido da Silva, dentro de um batalhão em Salto, no interior de São Paulo.

Gouveia já tinha histórico de reclamação com a escala de trabalho, ficou descontente com uma mudança determinada no batalhão e alegou que precisava daquele dia de folga para resolver uma questão familiar. O pedido, no entanto, foi rejeitado pelo seu superior, culminando na tragédia.

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Sargento despachava documentos quando foi surpreendido e morto
Morte de comandante teria sido motivada por mudança em escala
Batalhão onde crime ocorreu
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Comandante morto com tiro de fuzil

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Sargento despachava documentos quando foi surpreendido e morto

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Morte de comandante teria sido motivada por mudança em escala

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Batalhão onde crime ocorreu

Reprodução/Google Maps

 

Matou o chefe

Em fevereiro deste ano, o guarda civil municipal Nelson Fam dos Santos, de 46 anos, também matou seu superior hierárquico, o inspetor Carlos Roberto Pires Haddad, de 56 anos, e feriu o subcomandante Luciano Stephano de Oliveira Leite, 52, por causa da escala de trabalho.

Para cometer o crime, Nelson usou uma pistola calibre 380. Segundo a polícia, ele não poderia estar com a arma, de uso pessoal, porque seu porte estava vencido.

De acordo com a Prefeitura de Cotia, cidade da Grande São Paulo onde ocorreu o caso, Nelson se desentendeu com o subcomandante por causa da mudança de sua escala de trabalho, decorrida justamente pela ausência do certificado para manutenção de seu porte de arma.

Depois do ataque, o GCM se suicidou.

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