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Vídeo: polícia apura se homem linchado no Guarujá foi ao encontro de agressores

Câmeras mostram homem entrando em bar do Guarujá e, em seguida, perseguindo outro rapaz; minutos depois, comerciante é alvo de linchamento

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Osil Vicente Guedes
1 de 1 Osil Vicente Guedes - Foto: Redes Sociais

São Paulo – A Polícia Civil do Guarujá, no litoral sul de São Paulo, investiga a possibilidade de o comerciante Osil Vicente Guedes, 49 anos, morto após ser alvo de linchamento por pelo menos três homens, ter ido espontaneamente ao encontro de seus agressores para “tirar satisfações” com o grupo, que o teria espancado no dia anterior. Câmeras de segurança da vizinhança mostram um homem, que seria Osil, chegar correndo a um bar onde estão os três homens apontados como cúmplices do linchamento.

Logo no início do vídeo, é possível ver, no canto esquerdo, uma pessoa entrando em um local – que seria, segundo as investigações, um bar em que estariam os três homens acusados do linchamento:  Douglas William Santos da Silva, de 35 anos, Ailton Lima dos Santos, 29, e Diego Carlos Moreira, 43. Segundos depois, um homem sem camisa sai correndo do local e é perseguido por outro, de camiseta vermelha, capacete na cabeça e um objeto na mão. Este segundo homem seria Osil.

O vídeo foi feito na quarta-feira da semana passada (3/5), no bairro Vicente de Carvalho, no Guarujá. A segunda agressão ao comerciante teria acontecido instantes depois. A suspeita da polícia é que os três homens conseguiram conter Osil e passaram a espancá-lo.

No vídeo do linchamento que circulou nas redes sociais, e que inicialmente apontava Osil como vítima de fake news ao ser confundido com um ladrão de moto, é possível perceber que a vítima veste uma camiseta vermelha. Essa hipótese já foi descartada pela polícia.

A polícia também investiga a possibilidade de Osil ter ido com uma faca ao bar para ameaçar seus agressores. Embora não seja possível esclarecer essa suspeita com base no novo vídeo, um dos suspeitos do linchamento, Douglas William Santos da Silva, disse à polícia, em depoimento no dia 8 de maio, que Osil o atacou com uma faca. “Alega, ainda, que após ter sido agredido com o golpe de faca, ficou com medo de sofrer represálias, motivo pelo qual se abrigou em casa e somente saiu à rua no dia de hoje (8/5)”, diz trecho da oitiva à polícia.

Na ocasião, Douglas negou ter agredido o comerciante e foi liberado. No entanto, após investigação e análise do vídeo, ele teve a prisão decretada pela Justiça, assim como Ailton Lima dos Santos. Ambos estão foragidos. A Justiça ainda não se manifestou sobre o pedido de prisão de Diego Carlos Moreira.

O linchamento contra Osil ocorreu na tarde do dia 3. Douglas é apontado como o agressor que usa um pedaço de madeira contra a vítima. Já Ailton teria atingido o comerciante com um capacete. Osil foi levado ao Hospital Santo Amaro, no Guarujá, onde teve a morte encefálica confirmada no último domingo.

Primeira agressão

Após o crime, parentes de Osil contaram que no dia anterior, dia 2 de maio, ele havia sido agredido pelo mesmo grupo naquela região. O comerciante teria ido à casa de sua ex-companheira, a psicóloga Vanessa Regina Benedito de Almeida. Em depoimento à polícia, ela contou que ele quebrou coisas em sua casa e a agrediu, saindo do local transtornado. Logo depois, teria sido agredido, conforme relatou à polícia um irmão da vítima que foi socorrê-lo.

Em uma mensagem por áudio, após ser espancado no dia 2, ele acusa Vanessa de ser a mandante do ataque. “Ela te contou que ela chamou três traficantes para me espancar? O cunhado dela e mais dois, mais dois bandidos perigosos? Mas isso não vai ficar assim”, diz Osil.

A família acredita nessa versão. A suspeita aumentou depois que as investigações mostraram que o foragido Douglas é ex-cunhado dela. Ele é irmão de de Everson Willian Santos da Silva, conhecido como Coquinho, que está preso por tráfico e é ex-marido da psicóloga. Everson e Vanessa tem dois filhos.

A polícia apreendeu dois aparelhos celulares da psicóloga e aguarda o resultado da perícia para apontar seu possível envolvimento no caso. Ela não respondeu aos pedidos de entrevista feitos pelo Metrópoles.

 

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