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Vídeo. PMs celebram massacre do Carandiru com música: “Só tinha lixo”

Polícia Militar determinou instauração de inquérito para apurar ocorrido; SSP diz que canção não condiz com práticas da corporação

atualizado

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Reprodução/UOL
Policiais cantam música comemorando massacre do Carandiru
1 de 1 Policiais cantam música comemorando massacre do Carandiru - Foto: Reprodução/UOL

São Paulo — Um vídeo que circula em grupos de policiais militares (PMs) no WhatsApp mostra soldados da PM cantando uma música que celebra o massacre do Carandiru, quando 111 presos foram mortos dentro da antiga casa de detenção da zona norte da capital paulista, em 1992.

Na gravação, divulgada pelo UOL, um PM aparece no centro de uma roda com outros policiais militares puxando a letra da canção, enquanto seus colegas repetem o que ele diz, frase por frase, e batem palmas. A música enaltece o coronel Ubiratan Guimarães, que comandou a invasão do Carandiru, no dia 2 de outubro daquele ano.

A letra diz que, na antiga Casa de Detenção do Carandiru, “só tinha lixo” e “celebra corpos mutilados e cabeças arrancadas” na operação ocorrida há mais de 30 anos.

“Hoje eu te apresento o Primeiro Batalhão, aquele que acalmou a Casa de Detenção. 1992, logo pela manhã, o clima já era tenso. A caveira já estava sorrindo para os detentos. Lá só tinha lixo, a escória da moral […] Bomba, facada tiro e granada. Corpos mutilados e cabeças arrancadas. O cenário é de guerra, tipo Vietnã. A minha continência ao coronel Ubiratã. Vibra, ladrão, a sua hora vai chegar”, cantam os PMs.

Assista:

Questionada sobre o caso, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) não informou quando o episódio teria ocorrido, nem a qual batalhão pertencem os soldados que aparecem no vídeo. A pasta disse que a Polícia Militar determinou a instauração de uma investigação sobre o caso por meio do Comando de Policiamento de Choque assim que tomou conhecimento sobre o caso.

“A conduta dos policiais que aparecem nas imagens não condiz com as práticas da instituição e medidas cabíveis serão tomadas”, afirmou a SSP.

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