Vídeo: motoqueiro invade clínica com faca para matar a ex em São Paulo
Após ser preso, Roberto Alves de Arruda, de 37 anos, afirmou à polícia que pretendia matar a ex-companheira e, em seguida, se suicidar
atualizado
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São Paulo – Um motoqueiro de 37 anos foi preso, na tarde dessa quarta-feira (22/11), após invadir, com uma faca, a clínica onde a ex-companheira trabalha, no centro da capital paulista. O objetivo era matá-la, segundo o próprio suspeito disse à polícia. A vítima, uma recepcionista de 23 anos, estava ausente.
Imagens de uma câmera de monitoramento (assista abaixo) mostram Roberto Alves de Arruda entrando na clínica odontológica às 11h55, na região de República, sem retirar o capacete que usava.
Ele se aproxima do balcão, saca uma faca e questiona as atendentes sobre a ex-companheira. Após confirmar a ausência dela, Roberto bate a faca no balcão. “Olha o que eu tenho para ela aqui”, afirma, aparentemente bêbado.
Após pedir que o “recado” seja repassado à ex, ele faz menção de sair e se desculpa. Nesse momento, o marido da dona da clínica se aproxima e diz a Roberto para não retornar mais ao local.
O motoqueiro chega a colocar a mão na cintura, onde está a faca. O marido da proprietária, então, se arma com uma barra de ferro e, aos gritos, ordena que o motoqueiro saia. Ele ainda pede às atendentes que liguem para a polícia. Roberto se retira da clínica em seguida.
Preso na rua
Policiais militares foram acionados para atender o caso e localizaram Roberto no momento em que ele se aproximava de sua moto, perto da clínica odontológica. Segundo a polícia, ele resistiu à abordagem dos PMs e se negou a entregar a faca que estava na cintura, precisando ser imobilizado e algemado.
Roberto aparentava estar embriagado, de acordo com os policiais militares.
“Ele alegou que compareceu no local porque estava descontente com o término do relacionamento e que tinha a intenção de ‘matar ela e depois cometer suicídio'”, diz trecho do registro da Polícia Civil.
Segundo a polícia, a ex-companheira de Roberto já havia sido ameaçada e agredida por ele em outras ocasiões.
A patroa da jovem disse, em depoimento, já ter testemunhado a vítima com hematomas e que o motoqueiro costumava ligar para a clínica “com frequência” perguntando sobre a recepcionista.
Após o término do relacionamento, ele também teria passado a ir até o local e esperar a jovem do lado de fora.
A reportagem apurou que não havia nenhuma medida protetiva expedida contra Roberto, que foi indiciado por ameaça, violência doméstica e contravenção penal (por estar armado com uma faca).