Vídeo mostra engenheiro sendo contido após esfaquear ex, sogra e filha
Moradores de condomínio retiraram Luis Fernando, engenheiro de 32 anos, após ataque a facas contra ex-mulher grávida, sogra e filha de 1 ano
atualizado
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São Paulo — Um vídeo mostra o engenheiro Luis Fernando Moreira Bentivoglio, de 32 anos, sendo retirado por moradores de um condomínio após esfaquear a ex-mulher grávida, a sogra e a filha de 1 ano, em Franca, no interior de São Paulo. Ele foi preso na última segunda-feira (22/10).
Uma câmera do circuito interno do prédio mostra o momento em que um homem entra pelo corredor. Segundos depois, após algumas pessoas passarem pelo local, ele reaparece arrastando Luis Fernando para fora do hall. Moradoras mexem no celular e parecem acionar a polícia (assista abaixo).
O engenheiro invadiu o condomínio onde a família mora, no bairro Jardim Noêmia, em Franca, e atacou a golpes de faca a ex-mulher Amanda Ramazini, que está grávida de dez semanas, a filha deles, de 1 ano, e sogra, Rosana Baldim, de 53 anos. Ele foi preso em flagrante por tentativa de homicídio.
Amanda teve o pulmão perfurado e muitos cortes em todo o corpo. No ataque, uma faca de cozinha atravessou o pulso dela, que terá que passar por cirurgia para a reconstrução dos nervos.
Já a mãe de Amanda e a filha tiveram cortes superficiais e foram liberados no mesmo dia.
Otávio Ramazini, irmão de Amanda, afirmou que o engenheiro alegou à polícia que estava sendo cerceado do direito de ver o filho. “Isso é uma mentira estarrecedora”, disse. “Minha irmã nunca deixou que ele não visse os filhos. A única exigência que ela fez foi que as visitas fossem assistidas pela Justiça.”
O irmão contou que, em determinada ocasião, o sobrinho dele foi humilhado pelo pai quando se machucou sozinho brincando no condomínio. “Ele [Luis Fernando] falou que o meu sobrinho era idiota, imbecil, retardado. Esse foi o cume para minha irmã tomar uma atitude mais drástica e tirar os meus sobrinhos desse ambiente”, contou. O casal está separado há cerca de um mês, segundo ele.
“A violência física aconteceu em 2019 e nesse caso de agora, mas os abusos psicológicos foram em todo o relacionamento”, afirmou Otávio.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que o caso foi registrado como violência doméstica e tentativa de feminicídio na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Franca.
O Metrópoles entrou em contato por telefone com a defesa de Luis Fernando Moreira Bentivoglio, mas não obteve retorno. O espaço está aberto para manifestações.