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Vídeo mostra ação da PM que resultou na morte de são-paulino; veja

Rafael Garcia, de 32 anos, foi atingido na cabeça por uma “bean bag”, usada para dispersar torcedores no Morumbi, zona sul da São Paulo

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Foto colorida mostra homem com camisa regata do São Paulo, óculos de sol, boné e fazendo um "joia" com a mão.
1 de 1 Foto colorida mostra homem com camisa regata do São Paulo, óculos de sol, boné e fazendo um "joia" com a mão. - Foto: Reprodução/Redes Sociais

São Paulo – Um vídeo (assista abaixo) mostra o momento que antecedeu a morte do torcedor são-paulino Rafael Garcia, de 32 anos, quando ele comemorava a vitória da Copa do Brasil, nos arredores do Morumbi, no último dia 24 na zona sul paulistana.

 

Ele foi atingido na cabeça por um tiro de “bean bag”, munição usada para dispersar tumultos que, segundo laudo da Polícia Científica ao qual o Metrópoles teve acesso, foi disparado por um policial militar.

O documento revela que somente dois PMs usavam espingardas calibre 12 no momento em que Garcia foi atingido. Um dos armamentos, ainda segundo o laudo, apresentou problemas de funcionamento, ajudando a determinar o PM que atirou contra a vítima.

Uma testemunha, que registrou o avanço da PM em vídeo, comenta que policiais militares estariam sendo agredidos por torcedores em um ponto abaixo de sua janela. Isso levou a Polícia Civil a crer que o PM teria atirado “para intervir neste ponto do confronto entre polícia e torcida organizada”.

O documento diz, ainda, que o pedido de identificação do PM que atirou no são-paulino já foi feito: “Diante das constatações e análise das imagens, em especial a composição dos acontecimentos registrados por ângulos diversos, é possível concluir, com certa clareza, quanto à individualização do agente policial que efetuou o disparo que, em tese, vitimou Rafael”. Fica pendente, segundo o relatório, identificar o PM que fez o disparo, “o que deverá ser esclarecido através de informações já solicitadas à Polícia Militar”.

Polícia Militar confirmou que encaminhou à Polícia Civil uma lista com os nomes de todos os policiais presentes na ocorrência. O Metrópoles apurou que a corporação enviou 12 nomes.

Em entrevista concedida no dia 1º/10, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitasadmitiu o erro na ação da PM e disse que os protocolos da corporação serão revistos.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) e a PM foram questionadas pelo Metrópoles nesta terça-feira (10/10) sobre a identidade do policial que atirou e matou o torcedor, além de eventuais medidas tomadas com relação a ele. Nenhum posicionamento havia sido encaminhado até a publicação desta reportagem.

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O são-paulino morreu durante confusão entre torcedores e policiais militares
Rafael Garcia comemorava vitória do São Paulo contra o Flamengo pela Copa do Brasil
Documento diz que Rafael teria sido alvo de arma de fogo
Rafael Garcia era apaixonado pelo São Paulo
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Rafael Garcia criou torcida organizada com surdos

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Rafael Garcia comemorava vitória do São Paulo contra o Flamengo pela Copa do Brasil

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Documento diz que Rafael teria sido alvo de arma de fogo

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Processo

A família do são-paulino Rafael Garcia, de 32 anos entrou com uma ação na Justiça de São Paulo pedindo uma indenização de R$ 1 milhão por dano moral ao governo do estado. O processo está em segredo de Justiça.

A mãe de Rafael, Vilma Custodio Garcia, e os irmãos dele, Daniel e Gabriel, são representados pelo advogado Lucas Gabriel Correia Silva Martins, vereador de Itapevi. Em uma rede social, ele afirmou que o objetivo da ação é “encontrar a verdade”.

Imagem colorida de uma "bean bag", munição usada pela PM de São Paulo no lugar das balas de borracha - Metrópoles
Bean bag, munição que matou torcedor

“Bean bag”

As “bean bags” estão sendo usadas desde 2021 pela corporação para conter distúrbios urbanos, como grandes aglomerações, a exemplo do tumulto ocorrido após a final da Copa do Brasil, com o título do São Paulo sobre o Flamengo. Esse tipo de munição é utilizado por instituições de policiamento em países como Estados Unidos e México.

Segundo a PM, trata-se de munição de menor potencial ofensivo e menos letal. Ela é utilizada para causar distração a um possível agressor. Ao atingir o suspeito, a força policial ganha alguns segundos para agir.

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