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Greve em SP: paulistanos esperam até 1h40 por ônibus; vídeos

Passageiros ficaram muito tempo esperando o 1º ônibus chegar após pane elétrica em trem da Linha 9 da CPTM, que é privatizada

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Imagem colorida mostra milhares de passageiros na frente da Estação Pinheiros, esperando ônibus da operação Paese - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra milhares de passageiros na frente da Estação Pinheiros, esperando ônibus da operação Paese - Metrópoles - Foto: William Cardoso/Metrópoles

São Paulo — Milhares de passageiros afetados pela greve na capital paulista se aglomeraram, na tarde desta terça-feira (3/10), na estação Pinheiros da Linha 9-Esmeralda da CPTM, que é privatizada. A fila se formou porque os usuários aguardavam ônibus da operação Paese após uma pane elétrica atingir a linha do trem.

A falha ocorreu por volta das 14h, e o primeiro ônibus da operação Paese só chegou à porta da estação Pinheiros às 16h30. As pessoas que aguardavam no local estavam revoltadas.

A doméstica Maria da Soledade, de 55 anos, vai para o bairro do Grajaú, zona sul de São Paulo, onde mora, e reclama da falta de informação dos funcionários da linha 4 amarela do Metrô, que também passa pelo terminal Pinheiros.

“De manhã, tudo normal, mas a volta está desse jeito. A gente chegou na estação Faria Lima e ninguém falou nada. Entrei, paguei, mas quando cheguei aqui, estava fechado. É um absurdo, a gente paga uma passagem cara e precisa passar por uma situação dessa”, reclama.

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Caos no transporte público de São Paulo
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Milhares de pessoas na frente da estação Pinheiros, na zona oeste de São Paulo

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Já a estagiária de engenharia Micaela, de 24, mora em Osasco, na Grande São Paulo, e precisou usar o serviço de carro por aplicativo para chegar ao trabalho. Na volta, também relatou falta de informação dos trabalhadores da linha privatizada, mas afirmou que a situação já foi pior.

“Não vi nenhuma notícia durante a tarde e cheguei aqui em Pinheiros e estava tudo fechado. Vejo como despreparo, mas é uma situação que talvez esteja fora do controle deles. Tem problema, está difícil, mas já foi pior.”

Luciene Correa Ramos, passadeira, de 47, que também mora no Grajaú, avalia que o serviço de trens piorou depois que a ViaMobilidade assumiu a linha 9 da CPTM.

“O governador disse que privatizar seria ótimo para o estado. Mas quem pega a linha 9 esmeralda sabe que, depois que privatizou, ficou horrível. Todo dia o trem para, manda a gente descer nas estações. É esse caos todo. Para gente que vai para o outro lado da cidade, está horrível”, pontuou.

Alguns passageiros chegaram a passar mal e desmaiar nas filas de espera dos ônibus.

 

O que é a operação Paese

A sigla Paese quer dizer Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência, cujo objetivo é oferecer transporte a passageiros dos sistemas de transporte quando eles apresentarem algum tipo de interrupção na operação. Isso inclui falhas técnicas no Metrô e paralisações em linhas de ônibus, por exemplo.

O acionamento do Paese pode se dar em caráter emergencial, quando há uma falha, ou programado, quando há uma operação prevista, por exemplo.

O sistema funciona somente no município de São Paulo. No entanto, como ele atende algumas linhas da CPTM, também pode ser estendido para além do limite geográfico da capital em alguns casos.

Durante uma operação Paese, a SPTrans disponibiliza uma frota especial de ônibus para atender passageiros prejudicados por alguma interrupção no sistema de transporte, seja por ônibus, Metrô ou trem. A quantidade de veículos, a duração da operação e o trecho atendido são definidos pela empresa solicitante.

A mobilização promovida pela operação tem um custo operacional, que pode ser repassado às empresas responsáveis pelas falhas nos sistemas de transporte e que acionaram o sistema.

O passageiro prejudicado pela paralisação total não precisa pagar tarifa nos ônibus no Paese. Ele só paga quando houver mudança de linhas de ônibus no caso de paralisação parcial de linhas do Metrô.

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