Vídeo: irmã de passageira fala sobre buscas por helicóptero que sumiu
Clara Silvia foi levada à região das buscas, no Vale do Paraíba (SP), por empresa responsável pelo helicóptero que desapareceu no dia 31/12
atualizado
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São Paulo – As buscas pelo helicóptero que desapareceu na véspera do Ano-Novo no Vale do Paraíba, em São Paulo, chegam ao décimo dia nesta quarta-feira (10/1) sem ter encontrado nenhum sinal da aeronave.
A Força Aérea Brasileira (FAB) já fez cerca de 92 horas de voo sobre uma área de 5 mil km² em busca do helicóptero modelo Robinson 44 que transportava Raphael Torres, 41 anos, Luciana Rodzewics, 45, e Letícia Ayumi, 20, além do piloto Cassiano Teodoro, de 44 anos.
Nessa terça-feira (9/1), a empresa responsável pelo helicóptero levou até a área das buscas Clara Silvia, irmã de Luciana e tia de Letícia. Ela foi até o local acompanhada da advogada da empresa, Thais Gianlorenço, que também representa o piloto.
O objetivo, segundo a advogada, era se reunir com os mateiros que foram contratados para auxiliar nas buscas por terra na região da Represa de Paraibuna, onde o helicóptero teria feito um pouso de emergência antes do último contato. Nas redes sociais, Silvia publicou um vídeo no meio da mata.
“Aqui é muito, muito alto. É muito grande”, diz a mulher. “Só Deus para fazer um milagre”, escreve ela em outra postagem.
Assista:
Desaparecimento
O helicóptero decolou do Campo de Marte, na capital paulista, e seguia para Ilhabela, litoral norte do estado, quando sumiu dos radares ao sobrevoar a região da Serra do Mar, na altura de São José dos Campos, no Vale do Paraíba.
Pouco antes de o helicóptero sumir do radar, Letícia enviou uma mensagem e um vídeo ao namorado mostrando as más condições do tempo, relatou que o piloto decidiu abortar a viagem e retornar para São Paulo e contou, também, que o grupo precisou fazer um pouso forçado.
“Tá perigoso. Muita neblina. Estou voltando”, escreveu Letícia. No vídeo enviado por ela ao namorado, o helicóptero aparece encoberto por neblina.
Local de pouso
Por volta das 15h, Letícia mandou uma mensagem de WhatsApp ao namorado dizendo que a aeronave havia pousado “no meio do mato”.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a equipe de inteligência do Departamento de Operações Especiais (Dope) conseguiu identificar o local onde o helicóptero pousou, a partir de antenas telefônicas. Na semana passada, a polícia obteve autorização da Justiça para quebrar o sigilo e ter acesso à localização do aparelho, conforme registrado pelas torres de telefonia.
Com isso, foi possível identificar onde o celular de uma das pessoas que estava na aeronave emitiu sinal pela última vez, próximo à Represa de Paraibuna. Os aparelhos dos demais tripulantes não foram detectados pelas antenas.