Vídeo: guardas-civis de Osasco agridem ciclista com mata-leão
A Prefeitura de Osasco afastou seis guardas-civis envolvidos no incidente; segundo os agentes, o tráfego de bicicleta é proibido no calçadão
atualizado
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São Paulo – A Prefeitura de Osasco, na Grande São Paulo, afastou seis guardas-civis suspeitos de participar da abordagem feita na última terça-feira (2/7) a um ciclista de 27 anos no calçadão da Rua Antonio Agu, no centro da cidade. Os agentes agrediram o barbeiro Gustavo Almeida com um mata-leão.
Imagens gravadas por pessoas que circulavam no local mostram Gustavo imobilizado no chão, cercado de caixas e sob vozes de populares gritando “Tá errado”. Um dos agentes aponta a arma para a população que filma a cena. Antes disso, o barbeiro disse que foi atingido também por um spray de pimenta.
Segundo informações do portal G1, tudo começou numa discussão após uma abordagem dos guardas-civis. De acordo com os agentes, não era permitido o tráfego de bicicleta pela via de comércio. Após ser detido, Gustavo foi espancado por mais de dez guardas-civis. Ele teve vários hematomas pelo corpo e fez exames no IML.
Em depoimento à polícia, o rapaz afirmou que discutiu com um dos agentes para que a bicicleta não fosse retirada dele e foi imobilizado na sequência.
“Todos os dias passo pelo calçadão de Osasco e nunca me aconteceu de ser abordado, muito menos daquela maneira. O policial já chegou colocando a mão na minha bicicleta e no meu braço, me obrigando a parar. Pedi para eles tirarem a mão de mim e começou uma discussão. Os policiais me forçaram a encostar a bicicleta e me neguei a descer da bicicleta”, disse o barbeiro ao “SP1”, da TV Globo.
Em nota, a Prefeitura de Osasco afirmou que seis agentes serão investigados pela Corregedoria da corporação e ficarão em trabalhos administrativos até a conclusão do inquérito interno.
“Sobre a atuação de equipes da GCMs na abordagem de um cidadão no Calçadão de Osasco, a Prefeitura de Osasco, por meio do comando da Guarda Civil Municipal, informa: Assim que tomou conhecimento das imagens que estão sendo compartilhadas em redes sociais, o comando da GCM as repassou à Corregedoria para a devida apuração. Os GCMs envolvidos já foram afastados de suas funções nas ruas e ficarão na área administrativa até a conclusão das apurações”.