Vídeo: guarda civil de folga saca arma e agride vendedor em estação
Guarda se apresentou como policial e tentou algemar homem que vendia bilhetes na estação Barueri. Ele foi afastado da corporação
atualizado
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São Paulo — Um guarda civil de folga agrediu e ameaçou com arma um vendedor ambulante na estação de trem Barueri da Linha 8-Diamante, na região metropolitana de São Paulo, na última quarta-feira (4/12).
Testemunhas registraram o momento em que o guarda dá golpes com uma arma e tenta algemar o vendedor, que está no chão. Os dois estão próximo à entrada da estação. O guarda manda o vendedor colocar as mãos na cabeça, mas ele se levanta e caminha para dentro da estação, sendo puxado pelo agente.
Na sequência, o guarda ainda tenta dar uma rasteira no homem, mas acaba caindo no chão. Alguns seguranças da ViaMobilidade, concessionária que administra a linha, tentam separar a briga.
A confusão segue para dentro da estação, com outras pessoas entrando na discussão. O vendedor afirma ser “trabalhador e pai de família”. Em certo momento, o guarda diz que é policial, e é retrucado por alguém que pergunta: “cadê a viatura?”.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o homem agredido estava vendendo bilhetes de forma irregular. Já o guarda civil atuava como “contratado de uma empresa de segurança responsável pela fiscalização”, informou a pasta.
Os dois foram levados à delegacia e prestaram depoimento. O ambulante admitiu que estava vendendo bilhetes. No entanto, como não estava com qualquer material ilícito, foi liberado e segue como investigado.
O guarda, por sua vez, é investigado pela agressão. Ele trabalha na Guarda Civil Municipal de Osasco, também na região metropolitana. A prefeitura da cidade afirmou que, após análise das imagens, o agente foi afastado.
“Determinamos, de imediato, o afastamento do agente envolvido e o encaminhamento do vídeo à Corregedoria Geral para a apuração detalhada dos fatos, incluindo a conduta e possíveis atividades realizadas fora do âmbito da corporação”, informou a gestão municipal, em nota.
O Metrópoles entrou em contato com a ViaMobilidade, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.