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Vídeo: Gritzbach foi fuzilado 30 segundos após aviso de olheiro

Delator do PCC foi morto com 10 tiros de fuzil logo após desembarcar no Aeroporto Internacional de São Paulo com a namorada e seguranças

atualizado

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Reprodução/Câmeras de Monitoramento
Duas fotos em um mesmo quadro. Esquerda, pessoas andando em saguão de desembarque. Direita, homem vestido de preto, com boné da mesma cor, segurando celular - Metrópoles
1 de 1 Duas fotos em um mesmo quadro. Esquerda, pessoas andando em saguão de desembarque. Direita, homem vestido de preto, com boné da mesma cor, segurando celular - Metrópoles - Foto: Reprodução/Câmeras de Monitoramento

São Paulo – Uma câmera de monitoramento (assista abaixo) registrou o instante em que o corretor de imóveis Vinícius Gritzbach, executado no último dia 8, chega ao saguão do terminal 2 do Aeroporto Internacional de São Paulo, na região metropolitana, acompanhado da namorada e de dois seguranças particulares.

No fundo da imagem, é possível avistar Kauê do Amaral Coelho falando ao telefone. Segundo investigações do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), ele é o olheiro que avisou os dois assassinos, ainda não identificados, sobre a chegada de Gritzbach. Além da ligação, a polícia suspeita que ele usou uma espécie de alarme para anunciar a chegada do corretor de imóveis, que foi assassinado com 10 tiros de fuzil cerca de 30 segundos depois.

9 imagens
Gritzbach e a namorada
Delator do PCC, Vinícius Gritzbach foi executado no Aeroporto de Guarulhos
Antônio Vinícius Gritzbach, delator do PCC, foi morto no aeroporto de Guarulhos
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Rival do PCC, empresário Vinícius Gritzbach é morto em atentado no aeroporto de Guarulhos

Câmera Record/Reprodução
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Gritzbach e a namorada

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Delator do PCC, Vinícius Gritzbach foi executado no Aeroporto de Guarulhos

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Antônio Vinícius Gritzbach, delator do PCC, foi morto no aeroporto de Guarulhos

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Empresário, preso sob suspeita de mandar matar membros do PCC, foi solto por determinação do STJ

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Kauê do Amaral Coelho, de 29 anos, é suspeito de envolvimento na morte de Vinícius Gritzbach

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Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) oferece recompensa de R$ 50 mil por informações a respeito de suspeito de envolvimento na morte de delator do PCC

Divulgação/ SSP-SP

Vinícius Gritzbach fechou um acordo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo (MPSP) e denunciou membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção pela qual era jurado de morte, além da extorsão supostamente cometida por policiais civis corruptos. O corretor era investigado pelo suposto envolvimento no assassinato de dois integrantes da organização criminosa, além de denunciado, pelos promotores, por ajudar na lavagem de dinheiro da facção.

Como mostrado pelo Metrópoles, um dos principais elos entre o PCC e o assassinato de Gritzbach foi traçado após a identificação de Kauê do Amaral Coelho, o olheiro que, com uma espécie de alarme, avisou os assassinos sobre o desembarque de Gritzbach no aeroporto, ao lado da namorada e de sua escolta, no saguão do aeroporto de Guarulhos.

Vídeo

 

As imagens das câmeras de monitoramento, obtidas pela reportagem, ajudaram a polícia a ter essa certeza. Um mandado de prisão foi expedido contra Kauê na sexta-feira (15/11), mas só foi confirmado pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) nesta terça-feira (19/11).

Além de divulgar o nome e a foto de Kauê, a pasta ofereceu uma recompensa de R$ 50 mil para quem der informações que ajudem a localizar e prender o olheiro.

Cinco envolvidos no crime

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou que, até o momento, pelo menos cinco pessoas estão envolvidas na execução de Gritzbach, direta e indiretamente.

A polícia também confirmou que as armas encontradas logo após o crime, entre elas fuzis, perto do aeroporto, foram usadas na ação, segundo laudos periciais.

Policiais civis e militares também são investigados pelo suposto envolvimento no crime. Todos foram afastados das ruas e seguem trabalhando em setores administrativos. Até o momento, nenhum envolvido foi preso.

PMs investigados

Os policiais militares responsáveis pela segurança de Vinícius Gritzbach foram afastados das atividades na corporação e passaram a ser investigados. Nos primeiros depoimentos prestados, eles disseram que, momentos antes do ataque a Gritzbach, pararam em um posto de combustíveis para lanchar, enquanto aguardavam a chegada dele.

Segundo eles, quando decidiram ir em direção ao aeroporto, a caminhonete não funcionou. Apenas um dos PMs teria ido até o local.

“Testemunhas e partes envolvidas já prestaram depoimento e os policiais militares que faziam a segurança de uma das vítimas foram afastados de suas atividades operacionais até o fim das investigações”, informou a SSP.

Câmeras de segurança do aeroporto registraram o momento em que dois homens de capuz descem de um carro preto e disparam contra Vinícius. Ele morreu na hora. Um motorista, que transportava clandestinamente passageiros, foi atingido por uma bala perdida e também morreu.

 

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